Diego Alves cita tática para “entrar na mente” em pênalti decisivo pelo Flamengo

Diego Alves se estica para defender pênalti durante o jogo entre Flamengo e Palmeiras (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

Herói do Flamengo na conquista do bicampeonato da Supercopa do Brasil no domingo (11), o goleiro Diego Alves viveu um dia saboroso após ser protagonista em mais uma conquista rubro-negra.

O camisa 1, que defendeu três pênaltis na decisão contra o Palmeiras, não negou que tenha “catimbado” antes da cobrança de Danilo, que poderia ter liquidado a fatura a favor do Verdão.

O rubro-negro ganhou tempo antes da batida do jovem meio-campista palmeirense e diz que essa estratégia foi decisiva para que conseguisse tirar seu time de uma situação quase irreversível. “É um jogo, cada um com a sua estratégia e suas táticas. Teve muita gente que brincou que entrei na mente dele. Acho que deu certo”, disse ele ao UOL Esporte.

Para “entrar na mente” dos adversários, aliás, o experiente goleiro já tem um atalho, diga-se. Que é o seu próprio currículo. Estamos falando de alguém que pegou mais de 40% de pênaltis na carreira —pelo Flamengo, o número é menor mas ainda bastante relevante (28,2%).

Bicampeão da Supercopa, Diego se firma como um dos maiores goleiros da história rubro-negra, e não só pelo que faz na hora das penalidades. Durante o eletrizante confronto com o Palmeiras, ele fez boas defesas, em contraponto ao arqueiro palmeirense Weverton, rotineiramente convocado para a seleção brasileira.

Para se igualar a Raul Plassmann, goleiro campeão mundial pelo Fla em 1981, o jogador usa uma espécie de amuleto para dar voltas olímpicas que já lhe reservam um lugar no panteão rubro-negro. Com a camisa amarela da sorte, ele repete o ídolo na trilha das conquistas e também na moda.

“O mais importante é que nós seguimos com a fome de conquistas, pois o Flamengo vive de suas glórias. Estar na história do clube é algo muito especial. Não é uma superstição, não (camisa amarela), mas uma tradição. A amarelinha é a armadura”, festejou.

“Vivi mais um grande dia com a camisa do Flamengo. Sem dúvidas foi um dia muito especial, com muita adrenalina e mais uma conquista”, completou o jogador de 35 anos que, em 2020, teve uma complicada e longa negociação para renovar seu contrato com o clube, enquanto lidava com problemas físicos.

O vínculo tem validade até o fim desta temporada. Líderes do elenco e o técnico Rogério Ceni fizeram coro por sua permanência, enquanto o garoto Hugo Moura ganhava cartaz. Contra o Palmeiras, mostrou mais uma vez que valeu a pena —depois do bicampeonato brasileiro, da conquista da Libertadores e de outras taças.

Após mais uma volta olímpica, o elenco volta suas atenções para o tricampeonato do Carioca. Em jogo remarcado para quinta (15), o Fla encara o arquirrival Vasco, às 21h, no Maracanã.

Retirado de: UOL