Veja como o Flamengo lida com a pressão pela queda de Rogério Ceni

Rogério Ceni posa para foto no Ninho do Urubu (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

O Flamengo está fora dos trilhos no Campeonato Brasileiro, onde conheceu a sua segunda derrota consecutiva no jogo contra o Atlético-MG, e a pressão em cima de Rogério Ceni acentuou. O clube avalia os riscos que uma demissão, requerida por uma ala da diretoria rubro-negra, acarretaria para as finanças, sobretudo.

O departamento de futebol, liderado pelo vice-presidente da pasta, Marcos Braz, e o diretor Bruno Spindel, não vê a demissão imediata como solução, o que já foi comunicado a dirigentes que questionaram a respeito da queda do técnico. A recente de Domènec Torrent, que custou cerca de R$ 12 milhões, ainda afeta o planejamento interno, por exemplo.

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Ceni, por sua vez, externou que “entende todas críticas”, referindo-se às da torcida em pergunta feita na entrevista coletiva de ontem:

— Compreendo todas as críticas. Entendo o torcedor sem dúvida nenhuma. Não é natural. Quando você está no Flamengo, não pode perder uma partida em dez dias, que dirá três.

— Os jogadores estão se empenhando ao máximo e repito: é o nono jogo que tivemos com ausências importantes para o time. Esses jogadores têm se desgastado e este é um adversário duríssimo. Entendo todas as críticas, as reclamações, e sigo fazendo meu trabalho da melhor maneira que posso – completou Ceni, logo após a derrota por 2 a 1 para o Galo, no Mineirão.

Mais do que o resultado, a apatia do Flamengo no jogo da noite passada fez com que a corda esticasse, sendo que parte de um extremo (diretoria) cobra a sua saída e o outro, o do próprio treinador, se vê frustrado por não ter pedido de contratações atendidas – trazidas a público por Rogério ainda em maio.

A fim de evitar polêmica, Rogério Ceni ainda rechaçou qualquer tipo de mal estar no vestiário e elogiou a relação com os jogadores do elenco rubro-negro.

No entanto, há um desgaste com parte do clube na relação, que, por ora, será mantida. Alguns líderes do elenco depositam a confiança no trabalho, assombrado pelo aproveitamento de apenas 50% em oito jogos no Campeonato Brasileiro. As oitavas da Libertadores à porta e as iminentes voltas de Gabigol e Everton Ribeiro trazem uma relativa segurança oriunda da cúpula de futebol, ciente do alertado obstáculo quanto à parte financeira, para que Ceni devolva o Flamengo aos trilhos.

Retirado de: Lance