O coletivo Canarinhos LGBTQIA+ enviou, nos últimos dias, à procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), uma denúncia contra o Flamengo por conta dos cânticos homofóbicos proferidos pelos torcedores do clube na partida de volta das quartas de final da Copa do Brasil, diante do Grêmio, no Maracanã.
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À oportunidade, os rubro-negros cantaram a música “Arerê, gaúcho dá o c* e fala tchê” como forma de ofensa aos gremistas. O momento, inclusive, foi filmado e postado por uma conta de Twitter por um com nome vinculado ao Flamengo. O árbitro Rodolfo Toski, que apitou o jogo, porém, não registrou os cânticos na súmula da partida.
— O cântico homofóbico contrasta com a orientação emitida pelo STJD na recomendação 01/2019, publicada em 01 de agosto de 2019, que determina que árbitros, auxiliares e delegados da partida constatem em súmula e/ou documentos oficiais a ocorrência de manifestações de cunho preconceituosos e de injúria em decorrência de opção (termo erroneamente usado) sexual, escreve o coletivo.
“Diante disso, a Canarinhos LGBTQ+ solicita que medidas cabíveis sejam tomadas conforme prevê a legislação nacional e desportiva, a fim de identificar e punir os responsáveis pelos cânticos. Assim como a averiguação da conduta omissa dos clubes e equipe de arbitragem presente na partida”, continuou, em texto publicado em suas páginas da internet.
O ofício já foi encaminhado para o STJD, o Tribunal de Justiça Desportiva do estado do Rio de Janeiro (TJD-RJ) e para o Ministério Público Federal. O TJD-RJ já respondeu afirmando não ser “o órgão competente para avaliar infrações cometidas no campeonato da Copa do Brasil”.
Em abril, o deputado Alexandre Frota, de São Paulo, promoveu a criação de um Projeto de Lei que proíbe atos de racismo ou praticados contra a população LGBT em locais de prática esportiva, como estádios de futebol, pistas de atletismo e ginásios poliesportivos.
Retirado de: TNT Sports