‘Schweinsteiger do Maranhão’ foi cobiçado por São Paulo, Vasco e Corinthians antes de chegar ao Flamengo: ‘Era o meu sonho’

Jonas durante treinamento no Ninho do Urubu (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Jonas surgiu para o futebol nacional após se destacar pelo Sampaio Corrêa-MA na Série B do Campeonato Brasileiro de 2014. Apelidado de “Schweinsteiger do Maranhão”, o volante foi disputado por alguns dos maiores clubes do Brasil.

“Na época apareceu propostas de São Paulo, Vasco, Corinthians e outros grandes times. Eu fui até falar com o presidente do Corinthians, mas estava na época de renovação com o Guerrero e o Emerson Sheik, daquele time campeão do mundo, mas teve um pouco de dificuldade”, disse o jogador ao ESPN.com.br.

“Nesse intervalo, o Flamengo apareceu com força e é o time do meu coração. Era o meu sonho e quis fechar logo, deu certo. Estava quase tudo certo com o Corinthians, mas fui ao Flamengo. Cheguei a pedido do (técnico Vanderlei) Luxemburgo”.

Uma mudança e tanto na vida do jogador que quase largou a carreira pouco tempo antes.

“Comecei no Piauí Esporte Clube não tinha tanta visibilidade e nesse meio tempo falei ao meu pai: ‘Não estou tendo uma renda legal e vou largar o futebol para ser cobrador de ônibus’. Meu pai falou para eu não desistir porque tinha potencial”.

A persistência deu certo. Pouco tempo depois, Jonas foi para o Comercial-PI e passou pelo Sampaio até chegar à Gávea, em 2015.

“Não estava acostumado com todos os dias terem câmeras, imprensa e pressão. Queria dar o meu melhor porque estava saindo da Série B para o Flamengo. Em 2015, galera pegava um pouco no meu pé porque chegava com força nas jogadas. Não era maldade porque queria tomar cartão, mas era porque tinha muita vontade. Não tem como você ver a torcida no Maracanã e não dar um carrinho, brigar e disputar. Sem intenção de machucar ninguém ou prejudicar o clube”, afirmou.

“O momento mais marcante foi o golaço que que fiz na vitória (por 3 a 0) contra o Fluminense no Maracanã no Brasileiro de 2015. Estava com tornozelo machucado e voltei pra ajudar o time e fui titular de forma surpreendente”, disse.

Do Piauí para a Champions

Com a saída de Luxemburgo da Gávea, Jonas perdeu espaço e foi emprestado para a Ponte Preta no Paulistão de 2016. No meio do ano, ele foi emprestado ao Dínamo de Zagreb – por intermédio do atacante Eduardo da Silva.

“Foi uma experiência legal porque joguei a Champions League contra Lyon, Sevilla e Juventus na fase de grupos. Quando ouvi o hino da Champions lembrei de tudo que passei”.

O volante não esquece o duelo contra a Juventus, que foi vice-campeã naquela temporada, que terminou com uma derrota.

“Eles tinham um timaço com Cuadrado, Dani Alves, Higuaín…. Saí do Piauí para jogar em alto nível. O Dybala é um cara muito difícil de marcar porque corre o campo todo e quando você vai dar o bote ele já tocou a bola. Lembro que o nosso treinador colocou cinco volantes, mas toda hora conseguiam achar o Higuaín e perdemos de seis (risos)”.

Em 2017, ele foi emprestado ao Coritiba e conseguiu se destacar antes de voltar ao Flamengo no ano seguinte.

“Eu consegui jogar vários jogos com o (técnico Paulo César) Carpegiani. Joguei contra o River Plate pela Libertadores. Era como jogar um Brasil x Argentina, porque se fosse mal iria manchar a minha carreira. Dei o meu melhor e fiz uma boa partida”.

Jonas ainda defendeu o Al Ittihad, da Arábia Saudita, e o Bahia antes de acertar com o Retrô para a disputa do Campeonato Pernambucano de 2023.

Retirado de: ESPN