Segundo maior patrocinador do Flamengo entra em crise, e contrato será reduzido em 80%

Rodolfo Landim durante entrevista coletiva na Gávea (Foto: Agência Foto BR)

A crise no mercado de criptomoeda com o anúncio nos Estados Unidos da falência da FTX no final do ano passado trouxe um desdobramento desagradável para o Flamengo. A ‘Sócios’, empresa detentora dos direitos para emissão do token “Mengo”, lançado em 2021, foi impactada com a quebra de uma das maiores corretoras de ativos digitais do mundo e se declarou obrigada a redimensionar o contrato que iria até 2025. O valor total caiu de R$ 150 milhões para R$ 48 milhões – corte de 73,3%.

Na verdade, a empresa do francês Alexandre Dreyfus reduziu o aporte anual em 80%, passando os R$ 30 milhões que injetava no clube para R$ 6 milhões. A empresa cumpriu o primeiro ano do acordo, finalizado em dezembro, e buscou o distrato. Flamengo recusou, fez menção de acionar cláusulas de indenização, e o impasse acabou sendo resolvido com uma readequação. A empresa teve de abrir mão de propriedades nos uniformes e pacotes de mídia nos canais rubro-negros. Entendeu-se que a situação era delicada.

Dos clubes brasileiros que fizeram acordo com a ‘Sócios’, o Flamengo é o único a não depender da venda dos tokens para receber a sua parte. A empresa assumiu o pagamento do mínimo garantido de R$ 30 milhões, ficando com a receita da comercialização do token e propriedades no uniforme de treino do time masculino e no de jogo do feminino, assim como pacotes de mídia da FlaTv e redes sociais do clube. Evidentemente, tais propriedades e pacotes foram revistos com a redução da verba.

Embora não aparecesse no camisa de jogo do time principal, os R$ 30 milhões da ‘Sócios’ eram a segunda maior cota de patrocínio do Flamengo. Ficava atrás apenas dos R$ 32 milhões pagos pelo BRB pelo principal espaço na camisa.

Retirado de: Extra