Pedro ou Gabigol? Veja quem é mais eficiente jogando como centroavante no Flamengo

Pedro e Gabigol marcam pelo Flamengo contra o Bragantino (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Com a dupla Gabigol e Bruno Henrique em alta no Flamengo, a contratação do atacante Pedro, então com 22 anos em janeiro de 2020, era vista como opção de reserva de luxo e um ativo para o futuro próximo. Três anos e uma Copa do Mundo depois, o atual dono da camisa 9 é hoje titular absoluto e, de quebra, deslocou Gabriel Barbosa da posição de homem-gol. O debate se os dois goleadores devem jogar juntos ou separados marcou a passagem de diversos técnicos e voltou a se intensificar no último fim de semana, quando o camisa 10 ficou no banco na vitória sobre o Fluminense, no jogo de ida da final do Carioca — e a discussão continua às vésperas da estreia do rubro-negro na Libertadores, diante do Aucas, nesta quarta-feira, às 19h (de Brasília), em Quito.

Levantamento feito pelo jornal ‘Extra’ considerando apenas as partidas em que os jogadores atuaram como centroavantes titulares — ou seja, não levando em conta quando a dupla foi escalada junta para iniciar um duelo — mostra a evolução de Pedro e o espaço adquirido ano a ano. Sobretudo a partir de 2022, após a grave contusão sofrida pelo atacante Bruno Henrique, que teve lesão multiligamentar no joelho direito e ainda se recupera.

Em 2020, por exemplo, Pedro foi titular em pouco mais de um terço dos jogos do Flamengo. Em 25 partidas, ele marcou 16 gols (média de 0,64) e o time teve um aproveitamento de 75% dos pontos disputados. Quando Gabigol foi titular da posição, o time teve aproveitamento de 67,5% em mais da metade das partidas — a média de gols do atacante foi a mesma.

Na temporada de 2021, Pedro jogou menos ainda. Vale ressaltar que, além de disputar vaga com Bruno Henrique, o atacante sofreu com lesões ao longo da temporada e precisou fazer uma artroscopia no joelho no fim do ano. Dos 75 jogos, ele iniciou como o centroavante do time em 24 oportunidades e fez somente 15 gols. Com ele no comando do ataque, o Flamengo teve aproveitamento de 66%. Já quando Gabigol assumiu a posição, o rubro-negro conquistou 72,5% dos pontos e o jogador marcou 36 vezes em 40 partidas, média de 0,9, sendo extremamente decisivo.

Ano passado, no entanto, Pedro ganhou o espaço de vez como centroavante do time. Como titular, ele marcou 29 gols em 35 partidas (79% de aproveitamento e teve 0,82 de média). Gabigol só atuou sem Pedro como titular em 31 jogos e marcou 16 gols — aproveitamento e média bem abaixo do esperado. Ainda assim, ele marcou o gol do título da Libertadores sobre o Athletico, em Guayaquil.

No somatório, o Fla do centroavante Pedro tem sido mais eficiente do que o de Gabigol na mesma posição: 75% x 63,9% de aproveitamento — ressaltando que o levantamento não considera quantos minutos ficaram em campo como titular ou reserva. Vale destacar que o aproveitamento do time com a dupla como titular é semelhante ao de Pedro sem Gabigol ao seu lado. Ambos começaram juntos 43 jogos e marcaram 54 gols, no total.

A diferença é que Pedro mantém sua média de gols alta; já a de Gabigol cai para 0,48. Afinal, fora da área, o atacante, que agora veste a camisa 10, tem tido outras funções táticas e, muitas vezes, serve de garçom para o atual camisa 9.

Retirado de: Extra