Por: Leonardo Antônio
Há 13 anos, uma amizade forjada nos campos de futebol começou a se desfazer, marcando um dos mais intrigantes rompimentos no mundo do futebol brasileiro. Tite e Luiz Felipe Scolari, conhecidos como Felipão, dois nomes icônicos do futebol nacional, passaram de amigos próximos a rivais distantes.
Tudo começou a mudar em 2010, quando Tite, à frente do Corinthians, sentiu-se traído pela falta de empenho do Palmeiras, dirigido por Felipão, em um jogo decisivo do Brasileirão. Esse momento foi crucial, pois impactou diretamente a disputa pelo título, levando a um abalo irreparável na relação entre os dois treinadores.
Em 2011, após a eliminação do Corinthians da Libertadores, uma declaração polêmica de Felipão agravou ainda mais a situação. Ele expressou um desejo controverso de perder um jogo, se isso ajudasse a manter Tite no emprego, uma afirmação que não foi bem recebida.
A tensão entre eles alcançou o ápice com a icônica frase de Tite, “Fala muito”, durante o Campeonato Paulista de 2011. Desde então, a relação, que já era tensa, se transformou em uma rivalidade estritamente profissional. Encontros subsequentes, como o duelo na 36ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023, entre Flamengo e Atlético-MG, apenas reforçaram essa nova dinâmica.
A amizade, que começou nos anos 80 quando Tite foi influenciado e orientado por Felipão, agora parece distante. Revelações no livro biográfico de Tite e entrevistas subsequentes mostraram que ambos os treinadores veem a relação de maneira muito diferente agora. Tite mantém uma gratidão relutante, enquanto Felipão expressa descontentamento e desilusão.
O jogo decisivo entre Flamengo e Atlético-MG não é apenas um confronto pelo título, mas também um espelho da jornada complexa e emocional entre dois dos maiores nomes do futebol brasileiro. Uma história de mentor e protegido, amizade e rivalidade, respeito e ressentimento, encapsulada em uma partida de futebol.
