Após Landim recusar proposta bilionária, fundo dos Emirados Árabes faz nova proposta

Rodolfo Landim em entrevista coletiva no Ninho do Urubu (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
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Recentemente, o Mubadala, um influente fundo de investimentos dos Emirados Árabes, trouxe uma nova proposta aos clubes da Liga Brasileira de Futebol, conhecida como Libra. Essa oferta surge após recusas iniciais, lideradas por figuras como Rodolfo Landim do Flamengo, frente às condições anteriormente apresentadas pelo fundo.

A nova proposta do Mubadala apresenta uma estrutura significativamente alterada. Desta vez, a proposta não se concentra em adquirir uma parcela dos direitos televisivos dos clubes por um longo período. Em vez disso, a oferta inclui a criação de uma agência especializada na gestão e venda dos direitos de TV do Campeonato Brasileiro. Essa agência seria uma parceria, com 50% de participação para o Mubadala e 50% dividida entre os clubes membros da Libra.

Um aspecto central da proposta é a garantia de uma receita mínima. O Mubadala compromete-se a assegurar um valor base de R$ 1,4 bilhão anualmente, com a possibilidade de aumento conforme o número de clubes da Libra na Série A do Brasileirão. Esse aspecto oferece uma camada de segurança financeira aos clubes, pois, em caso de receitas menores do que o garantido, o Mubadala completaria a diferença.

Outro ponto relevante é a exclusividade da agência na negociação dos direitos por um período de 25 anos, começando em 2025 e se estendendo até 2049. A proposta também abre a possibilidade para os clubes venderem uma porcentagem adicional de suas participações na agência ao Mubadala, dando ao fundo a possibilidade de deter até 95% da empresa, o que significaria uma maior autonomia nas decisões comerciais.

Essa revisão estratégica na oferta do Mubadala é uma resposta às demandas e preocupações dos clubes da Libra, que buscavam termos mais favoráveis e flexíveis. A mudança de rota do fundo de investimento reflete a dinâmica competitiva do mercado esportivo brasileiro e o desejo de construir uma parceria mais equilibrada e mutuamente benéfica.

A aceitação desta nova proposta pelo Flamengo e outros clubes da Libra pode marcar um novo capítulo na gestão dos direitos de transmissão do futebol brasileiro, potencialmente alterando o cenário comercial e financeiro da liga para os próximos anos.