John Textor, dono do Botafogo, é sincero ao falar de sua relação com Flamengo

John Textor e Rodolfo Landim - Foto: Reprodução / Botafogo Base

A relação entre Flamengo e Botafogo, tradicionalmente marcada por intensas rivalidades dentro de campo, experimentou nos últimos anos um panorama bem distinto nos bastidores. Este cenário, carregado de históricas trocas de farpas públicas, teve um capítulo emblemático entre 2015 e 2017, sob as gestões de Eduardo Bandeira de Mello e Carlos Eduardo Pereira. A transferência de Willian Arão, do Botafogo para o Flamengo em 2016, adicionou mais lenha na fogueira dessa relação já estremecida, simbolizando a tensão que existia entre os clubes cariocas.

O auge dessa rivalidade acirrada se deu em 2019, sob a liderança de Jorge Jesus no Flamengo, em um jogo memorável contra o Botafogo no Nilton Santos. Esses embates, contudo, marcaram uma época onde a animosidade era mais evidente, contrastando com uma mudança significativa de postura observada da última temporada para cá. Hoje, a relação entre Flamengo e Botafogo nos bastidores é descrita como excelente, um testemunho da habilidade de gestão e da busca por harmonia entre Rodolfo Landim e John Textor, figuras centrais dessa nova fase.

A aproximação entre Flamengo e Botafogo ganhou corpo especialmente em torno da discussão sobre a criação de uma liga independente de futebol. A saída do Botafogo da Libra, ainda que representasse um momento de divergência, não impediu que elogios fossem trocados entre os dirigentes. John Textor, em particular, destacou a postura de Landim, mesmo em meio a disputas com outros clubes, como o Palmeiras. “Nenhum clube grande vai simplesmente dar dinheiro para os clubes pequenos e subsidiar a liga. E ainda assim, o Flamengo tem sido muito flexível reduzindo, mesmo sabendo a porcentagem que deveriam ganhar com base no tamanho deles”, reconheceu Textor.

A flexibilidade do Flamengo, segundo Textor, mesmo diante das negociações tensas com a Globo, foi um ponto de virada. “Eles ajustaram a garantia mínima que receberiam, isso poderia impactar negativamente seus números em comparação com o que tradicionalmente obtêm com a Globo. Sei que são muito difíceis de lidar porque são grandes, bem-sucedidos e têm 40 milhões de torcedores, mas Rodolfo tem sido incrivelmente razoável como parceiro do processo e, ainda assim, perdemos todos esses prazos”, ele explicou. Esse espírito de cooperação foi essencial para ultrapassar as barreiras históricas entre os dois clubes.

Além da colaboração em nível administrativo, a boa relação facilitou negociações diretas entre os times, algo impensável em outros tempos. A transferência de Pablo para o Botafogo é um exemplo dessa nova era. Outra negociação que chamou atenção foi a de Matheuzinho, que, apesar de não se concretizar, mostrou a disposição dos clubes em fazer negócios. “Eu não gosto do Flamengo em campo, mas tenho muito respeito por Rodolfo e sua liderança. Acho que ele tem feito tudo o que pode para unir esta liga e vejo as pessoas ficando com raiva dele e falando sobre problemas de cinco anos atrás. Isso tudo é um absurdo para mim”, disse Textor, evidenciando o respeito mútuo que agora permeia a relação entre Flamengo e Botafogo.

Quando vai ser o próximo jogo do Flamengo?

O Flamengo enfrenta o Botafogo, na quarta-feira (7), pela sétima rodada do Carioca. O jogo acontece no Estádio Maracanã, Rio de Janeiro, a partir das 21h30 (horário de Brasília). A partida terá transmissão da Band (TV aberta), Band Sports (TV fechada), Canal Goat (Youtube).

Confira abaixo a agenda completa do Flamengo do mês de fevereiro:

04-02 – Vasco 0x0 Flamengo
07-02 – Flamengo x Botafogo
10-02 – Flamengo x Volta Redonda
15-02 – Bangu x Flamengo
20-02 – Flamengo x Boavista
25-02 – Flamengo x Fluminense