Narrador usa erro do VAR para provocar o Flamengo e deixa a torcida revoltada

Cabine do VAR no Maracanã (Foto: Dhavid Normando/Futura Press)
Banner Stake

No clássico que decidiu uma das vagas para a final do Campeonato Carioca, Flamengo e Fluminense protagonizaram um embate marcado não apenas pela rivalidade em campo, mas também pelas controvérsias envolvendo a arbitragem e comentários de transmissão. O duelo, que terminou empatado por 0 a 0 na noite do último sábado (16), foi suficiente para o Flamengo garantir sua presença na final, graças à vitória por 2 a 0 obtida no jogo de ida.

O confronto foi pautado por um momento decisivo aos 30 minutos do primeiro tempo, quando o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães, após consulta ao VAR, anulou um gol marcado por Pedro, do Flamengo. A razão para tal decisão foi uma falta de Erick Pulgar no início da jogada, gerando protestos acalorados por parte de jogadores e comissão técnica do Flamengo, que argumentavam sobre a consistência das decisões arbitrais durante a partida.

Ampliando a polêmica, Sérgio Maurício, narrador da Band responsável pela transmissão do jogo, fez um comentário irônico em relação às reclamações do Flamengo, dizendo que “o choro é livre”. Esta frase não só reacendeu discussões sobre a postura de profissionais da mídia em transmissões esportivas mas também trouxe à tona um histórico de atritos entre Sérgio Maurício e a torcida do Flamengo. Em um incidente anterior, o narrador já havia feito comentários pejorativos sobre a torcida rubro-negra, o que intensificou a insatisfação de parte dos torcedores com sua postura.

A despeito dos tumultos extracampo, o resultado em campo assegurou ao Flamengo a oportunidade de lutar pelo título estadual, diante do Nova Iguaçu, que eliminou o Vasco.

Julgamento de Gabigol

Gabigol, do Flamengo, estará sob julgamento pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) na tarde desta segunda-feira (18 de março). O atacante está sendo acusado de tentar fraudar um exame de doping. A denúncia, que ganhou notoriedade, levou o Flamengo a se mobilizar em defesa do jogador, com esperança de absolvê-lo. O julgamento, conduzido online, conta com a defesa de Gabigol por Bichara Neto, um advogado destacado por casos similares, e Rodrigo Dunshee, vice-presidente do Flamengo.

Com possíveis penalidades de até quatro anos de suspensão, a investigação concentra-se no comportamento de Gabigol durante a coleta de amostras para o exame de doping no dia 8 de abril de 2023, no Centro de Treinamento Ninho do Urubu.