Mauro Cezar critica novo contrato entre Rede Globo e Flamengo

Mauro Cezar, comentarista da UOL Esporte (Foto: Reprodução/UOL Esporte)
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Na noite da última segunda-feira (08), o Conselho do Flamengo aprovou um contrato de cinco anos com a Globo para a transmissão dos jogos da Libra. A decisão foi tomada apesar das críticas do jornalista Mauro Cezar Pereira, que argumentou que o clube poderia ter buscado uma contraproposta mais favorável.

Mauro Cezar expressou preocupação com a redução do número de jogos disponíveis no Pay-Per-View, devido à fragmentação dos direitos de transmissão entre diferentes grupos de clubes. Ele destacou que a Lei do Mandante, pela qual o Flamengo tanto lutou, pode ter consequências negativas para o próprio clube, sugerindo que foi um erro estratégico.

Aí tem um grande erro do Flamengo a meu ver, ele poderia ter rejeitado essa proposta da Globo e feito uma contraproposta. Cai o Pay-Per-View por quê? Antes, você comprava o pacote do Premiere, vendido pela Globo, e você só não tinha o Athletico-PR, todos os demais times estavam no pacote, então você tinha 361 jogos garantidos. Ano que vem, vai diminuir, porque nem todos os clubes estão fazendo acordo com a Globo — disse Mauro antes de completar:

Então, as consequências imediatas da Lei do Mandante pela qual o Flamengo tanto lutou, são ruins para o próprio Flamengo. Foi um tiro no pé, uma demonstração de desconhecimento de mercado desses dirigentes que agora querem aprovar com medo de não conseguir mais nada.

Além disso, Pereira mencionou que o Corinthians ainda não assinou um contrato de transmissão e pode obter condições melhores. Ele questionou a decisão da diretoria do Flamengo, afirmando que, apesar dos questionamentos durante a reunião do Conselho, o contrato foi aprovado como desejado pelo presidente Landim.

Detalhe: o Corinthians não assinou ainda, com todas as confusões que os dirigentes do Corinthians fazem, a gente não pode afirmar que não fará um contrato melhor, seja com quem for. Portanto, isso gerou muita discussão ontem, é saudável que seja assim, minimamente democrático, mas quando você tem o Conselho ao seu lado, você aprova qualquer coisa — finalizou o jornalista.