Flamengo x Amazonas: Tite vai poupar jogadores?

Jogadores do Flamengo participam de treino no Ninho do Urubu (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Diante das recentes decisões de escalação e dos desafios enfrentados pelo Flamengo, o técnico Tite tem se deparado com uma série de dilemas em relação ao gerenciamento do time. Contra o Palmeiras, no dia 21, optou por deixar De La Cruz e Pedro no banco, enquanto Arrascaeta foi reserva e sequer entrou em campo contra o São Paulo. Essas escolhas apontam para uma estratégia de rodízio de jogadores, visando poupar alguns atletas para os desafios futuros.

No entanto, essa abordagem levanta questionamentos diante do calendário apertado que o Flamengo enfrenta. Após mais de dois meses focando exclusivamente no Campeonato Carioca, o time agora se vê envolvido em uma sequência de jogos intensa, com três partidas em menos de dez dias, abrangendo diferentes competições. Essa transição abrupta de um ritmo mais tranquilo para um calendário agitado pode representar um desafio significativo para a equipe.

A derrota por 2 a 0 para o Botafogo no último confronto do Brasileirão adiciona mais pressão à situação. Com a próxima partida contra o Amazonas, pela Copa do Brasil, Tite enfrenta o dilema de decidir se poupa jogadores em meio a essa maratona de jogos.

— Depois vai ter outro (jogo) que teremos necessidade de vencer. É a grandeza do Flamengo. A realidade do futebol. Tenho que fazer o diagnóstico dia a dia. O torcedor fica preocupado e nós também. Ninguém está satisfeito. Compete a nós trabalhar para retomar o padrão. Quando o trabalho retoma, retoma mais forte. Também há problema do técnico também. Mas tem a retomada para que tenha confiança — disse o treinador.

Nesse contexto, Tite destaca a complexidade do gerenciamento do calendário, ressaltando a importância do tempo de recuperação entre os jogos para evitar lesões graves que poderiam afetar o desempenho do time a longo prazo. A preocupação com a saúde e o condicionamento dos jogadores é evidente, já que uma má gestão do calendário pode resultar em lesões e impactar negativamente o desempenho da equipe.

— Quando falo em calendário, não falo em número de jogos, mas tempo entre os pequenos ciclos de jogos. Se distribuir em 72 horas é legal. Se não estoura o Pedro, um ligamento e tem que ficar meses fora. Se estoura a coxa do Arrascaeta ele vai ficar 30 dias fora. Tem que tentar gerir isso para não estourar o atleta. Se não eu colocaria — finalizou Tite.