O empate de 1 a 1 entre Flamengo e Bragantino no último sábado no Estádio Nabi Abi Chedid foi marcado não apenas pelo resultado em campo, mas também por eventos significativos fora dele. Um dos momentos mais tocantes ocorreu quando Igor Jesus, jovem volante do Flamengo, foi substituído aos 36 minutos do primeiro tempo. A câmera capturou o atleta chorando no banco de reservas, uma cena que sensibilizou torcedores e membros da equipe.
Após o jogo, durante a roda de oração e discussão sobre a partida, o técnico Tite tomou a iniciativa de se desculpar publicamente com Igor.
— Igor, você me desculpa, eu sei o quanto foi duro para você. O treinador tem que tomar decisões, e eu precisava te tirar do jogo. Fica aqui o meu respeito absoluto por você ser o jogador que é, o profissional que é. Você tem ainda mais o meu respeito depois dessa substituição, disse Tite.
Na sequência dos eventos, a gerência de comunicação do Flamengo e o departamento de futebol decidiram que Tite e os jogadores não participariam da coletiva de imprensa pós-jogo. A decisão foi tomada para evitar que as discussões se concentrassem exclusivamente na arbitragem, que foi uma fonte de irritação para a equipe, especialmente após um pênalti não marcado, que foi amplamente criticado pelos jogadores e pela diretoria.
Em vez de Tite, Marcos Braz e Bruno Spindel assumiram a responsabilidade de enfrentar a imprensa. Eles expressaram duras críticas à arbitragem e cobraram providências da CBF, evidenciando a insatisfação geral do clube com as decisões tomadas em campo.
— A gente já enviou ofício em outros momentos e não adianta. Só o que adianta é chamar para CPI, expor publicamente, dizer que é ladrão, dizer que tem assalto. Para eles respeitarem o clube, só desse jeito. Se não fizer desse jeito, não adianta. É um absurdo. O que aconteceu hoje aqui é um absurdo. A gente precisa desempenhar, merecer vencer. Eu acho que a gente mereceu um resultado melhor hoje. Se tivesse a expulsão no início do jogo, mudava completamente o jogo. O pênalti do Luiz Araújo também. Se o critério ali foi de anular a expulsão, tinha que ter dado o pênalti lá (com revisão do VAR), disse Spindel.
