O racismo voltou a manchar o esporte e gerou indignação após o atacante Rayan, do Vasco, ser alvo de injúrias raciais no Sul-Americano Sub-20. O episódio aconteceu durante a vitória da Seleção Brasileira por 2 a 1 sobre a Bolívia, na Venezuela. O caso levanta questões importantes sobre o combate ao preconceito no futebol.
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CBF toma medidas contra o racismo
Rayan relatou que, ao final da partida, o goleiro boliviano Fabian Pereira o chamou de “mono” (macaco, em espanhol) e ainda fez gestos imitando o animal. Além disso, outros atletas da Seleção confirmaram o ocorrido, denunciando a situação ao quarto árbitro e ao árbitro principal. Isso porque, em casos como este, o silêncio pode ser interpretado como conivência, algo que não deve ter espaço no esporte.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não ficou omissa e enviou uma representação formal à Conmebol e às autoridades venezuelanas. O presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, foi contundente em sua declaração: “É repugnante assistir novamente atos de racismo contra um atleta. Racismo é crime e vou sempre me solidarizar. Não podemos normalizar.” Cabe ressaltar que, em situações como essa, medidas rigorosas são fundamentais para prevenir novos episódios.
Infelizmente estamos sendo obrigados a trazer mais um caso de racismo no futebol.
— NewsColina (@newscolina) January 27, 2025
Dessa vez, envolvendo nosso cria Rayan.
O atacante relatou ter sido chamado de macaco pelo goleiro Fabian Pereira, da Bolívia, em jogo válido pelo Sul-Americano sub-20.
O atacante reiterou as… pic.twitter.com/BAQtzTEOr2
Brasil mostra reação dentro e fora de campo
Mesmo diante do cenário lamentável, a Seleção Brasileira conseguiu sua primeira vitória no Sul-Americano Sub-20, com gols de Gabriel Moscardo e Breno Bidon, ambos do Corinthians.
Vale destacar que a equipe precisava se recuperar após uma estreia desastrosa contra a Argentina, que goleou o Brasil por 6 a 0. Com isso, o time de Ramon Menezes ocupa a terceira posição do grupo B, com três pontos, e terá uma pausa na próxima rodada.
Dessa maneira, o caso de Rayan reforça a necessidade de um esforço contínuo para erradicar o racismo no futebol. Por isso, é essencial que instituições, atletas e torcedores se unam nessa batalha, porque o esporte deve ser um ambiente de respeito e igualdade para todos.