O empate sem gols entre Bahia e Boston River, pela terceira fase da Libertadores, foi marcado por uma forte crítica do técnico Rogério Ceni ao gramado do Estádio Centenário, em Montevidéu. Após a partida, o treinador tricolor destacou que as condições do campo prejudicaram o desempenho das equipes e não condizem com a tradição do estádio uruguaio.
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“É um estádio de Copa do Mundo, fantástico e que tem uma história que todos conhecem muito bem, mas nós queremos regras da Uefa”, afirmou Ceni. Segundo ele, a falta de um gramado adequado compromete a qualidade do jogo e impede que as equipes desenvolvam um futebol mais dinâmico e ofensivo. O técnico citou a importância de um padrão mais elevado na infraestrutura dos estádios sul-americanos.
Durante a entrevista coletiva, Ceni ressaltou que a equipe teve dificuldades para acelerar o jogo devido às condições do campo. “A velocidade você só pode dar quando o outro time se expõe. Caso ele não se exponha e fique o tempo todo se defendendo, fica difícil. O gramado do jeito que estava dificultava ainda mais”, analisou.
Apesar das críticas, o treinador ressaltou que o empate deixou o Bahia em boa condição para a partida de volta, que será disputada na Fonte Nova. “Teremos um gramado melhor e o apoio da nossa torcida, que é um fator decisivo. Isso pode fazer toda a diferença para garantirmos a classificação”, declarou.
A Conmebol tem sido alvo de reclamações recorrentes sobre a qualidade dos gramados em competições sul-americanas, com diversos técnicos e jogadores destacando a discrepância entre os estádios da Libertadores e os das competições europeias. Para Ceni, é fundamental que a entidade busque melhorias para garantir partidas de alto nível técnico.
O jogo de volta contra o Boston River acontece na próxima quinta-feira (13), na Fonte Nova. O Bahia precisa de uma vitória simples para avançar à fase de grupos da Libertadores, e a expectativa é que, com um gramado mais adequado, o time consiga impor seu estilo de jogo com mais facilidade.