Jornalista opina sobre Dudu e Gabigol no Cruzeiro

Dudu e Gabigol em treino do Cruzeiro na Toca da Raposa - Foto: Gustavo Aleixo/CEC
Dudu e Gabigol em treino do Cruzeiro na Toca da Raposa - Foto: Gustavo Aleixo/CEC

A recente vitória do Cruzeiro sobre o Bahia por 3 a 0 no Mineirão não apenas quebrou uma sequência de atuações medianas, como também reabriu um importante debate sobre a formação ideal da equipe. Para o colunista Renato Maurício Prado, por exemplo, o caminho está claro: o time celeste deve seguir sem Dudu e Gabigol entre os titulares.

Durante sua participação no programa Fim de Papo, Renato Maurício Prado foi direto ao afirmar que o Cruzeiro melhora sem contar com seus medalhões. Segundo ele, o técnico Leonardo Jardim finalmente compreendeu que a presença de jogadores como Dudu e Gabigol, contratados com expectativa de protagonismo, vinha sendo contraproducente.

“Agora o Leonardo Jardim já percebeu que as estrelas decadentes do Cruzeiro não podem jogar. Então, ele tirou o Gabigol e tirou o Dudu, botou a garotada, o Kaio Jorge, que é muito bom jogador, desde o Santos”, afirmou.

Aliás, o jornalista ainda destacou que a equipe escalada contra o Bahia reflete, enfim, a identidade desejada por Jardim: um time com mais mobilidade e entrega. “Esse Cruzeiro que jogou hoje é o time dele”, cravou.

Triunfo diante do Bahia empolga

O comentário de RMP veio em reação à sólida exibição do Cruzeiro diante do Bahia, na noite de quarta-feira (17). No Mineirão, o time celeste dominou amplamente a partida e demonstrou organização tática, dinamismo e eficiência ofensiva. Desde o apito inicial, o domínio cruzeirense foi visível. A intensidade no meio-campo impediu a construção de jogadas por parte do Bahia, que se viu acuado, cometendo erros e cedendo espaços.

Ainda no primeiro tempo, o atacante Kaio Jorge teve a chance de abrir o placar em cobrança de pênalti, mas parou em Ronaldo. Mesmo assim, o Cruzeiro não desanimou e manteve o ritmo. Lucas Romero, em chute de média distância, marcou um gol improvável nos acréscimos da etapa inicial, colocando justiça no placar. Conforme relatado, o goleiro do Cruzeiro mal havia aparecido no jogo até então, tamanha a superioridade técnica dos donos da casa.

No segundo tempo, o cenário não se alterou. Com velocidade e precisão, Kaio Jorge ampliou em jogada iniciada por Christian. E, para coroar a atuação, o camisa 9 voltou a marcar em finalização colocada da entrada da área, após assistência de Lucas Silva. O atacante foi aplaudido ao ser substituído, e, logo após, Dudu e Gabriel entraram apenas para dar descanso aos companheiros — entradas meramente protocolares, evidenciando que, no atual contexto, ambos estão longe de ser soluções para o time.

Leonardo Jardim aposta no que tem de melhor

Embora a vitória tenha sido importante em termos de pontuação, o simbolismo tático e estratégico do resultado é ainda mais relevante. O Cruzeiro, ao deixar no banco suas contratações mais badaladas, reforça a ideia de que rendimento deve superar o nome no futebol profissional. Nesse sentido, o técnico Leonardo Jardim parece ter encontrado um ponto de equilíbrio entre juventude, intensidade e coesão tática.

Juca Kfouri, em sua análise da partida, ressaltou que o Cruzeiro fez sua melhor exibição do ano. Ele classificou a apresentação como um reflexo claro de que o clube mineiro pode competir em alto nível quando valoriza o que tem de melhor em campo, e não os jogadores com maior currículo. “O Cruzeiro fez sua melhor apresentação de 2025”, escreveu o colunista, acrescentando que o time mineiro mostrou estar no caminho certo.