Flamengo tem atitude importante sobre autismo

CT Ninho do Urubu - Foto: Paula Reis

Na quinta-feira (17), o Flamengo, por meio de seu departamento de Responsabilidade Social, promoveu uma ação na sede da Gávea que envolveu diretamente o projeto social “Jogaremos Juntos” e a torcida “Autistas Rubro-Negros”. O evento teve como objetivo capacitar professores para melhor compreender e lidar com crianças diagnosticadas com o transtorno do espectro autista.

A palestra contou com a presença de uma equipe técnica especializada e reuniu 10 educadores vinculados ao projeto. Conforme relatado por Marcos Felipe Leal, fundador da torcida organizada, a proposta atendeu a uma demanda crescente: “Foi um encontro muito rico. Existe uma demanda muito grande, visto que os casos de autismo têm aumentado muito. Nosso objetivo foi gerar essa informação para os professores”.

O projeto “Jogaremos Juntos” atende, atualmente, cerca de 800 pessoas de comunidades do Rio de Janeiro. A iniciativa busca integrar crianças e jovens por meio da prática esportiva, funcionando como ponte entre inclusão social e desenvolvimento pessoal. Assim, o encontro representou um avanço em ações voltadas para o acolhimento de grupos historicamente marginalizados.

Durante o evento, o torcedor Théo Siqueira, diagnosticado com autismo, compartilhou suas vivências. Acompanhado da mãe, Luciane, ele narrou desafios do cotidiano e sua relação com o esporte e a torcida do Flamengo. A presença de Théo trouxe um olhar sensível ao debate, tornando a conversa ainda mais próxima da realidade.

Além dos depoimentos, houve falas técnicas da psicopedagoga Adriana Bessa e da psicóloga Claudia Rodrigues. Ambas abordaram formas práticas de comunicação e estratégias pedagógicas inclusivas, fundamentais para o cotidiano escolar e esportivo dessas crianças.

A ação promovida pela torcida “Autistas Rubro-Negros”, com apoio institucional do Flamengo, reforça o papel social do clube, indo além do futebol. Com o compromisso de inclusão e educação, a iniciativa demonstra como o esporte pode ser uma ferramenta transformadora, sobretudo quando aliada ao conhecimento e à empatia.