A crise envolvendo manipulação de apostas no futebol brasileiro ganhou um novo capítulo com o indiciamento de Bruno Henrique, atacante do Flamengo. A investigação da Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal, aponta o jogador como suspeito de fraudar resultados ao receber cartão amarelo intencionalmente para beneficiar apostadores.
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Bruno Henrique foi enquadrado no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que prevê pena de dois a seis anos de reclusão para quem fraudar eventos esportivos, além da acusação de estelionato, com pena de um a cinco anos. Caso o Ministério Público apresente denúncia, o jogador terá que responder na Justiça Comum.
STJD ainda não abriu processo, mas punições podem ser severas
Embora o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ainda não tenha instaurado processo contra o atleta, a Procuradoria já solicitou o relatório da PF, o que indica que um inquérito pode ser aberto em breve. Na esfera esportiva, a punição pode variar de suspensão de até dois anos a banimento definitivo do futebol.
Desde o início da Operação Penalidade Máxima, mais de 30 jogadores foram condenados pelo STJD, graças à colaboração com a Justiça Comum, que dispõe de recursos como quebras de sigilo e delações premiadas. Esses elementos foram decisivos para expor prints de conversas comprometedores de Bruno Henrique, agora incluídos na investigação.
Outros nomes já foram punidos com rigor
Casos semelhantes já resultaram em banimentos definitivos, como os de Ygor Catatau, Gabriel Tota e Romário, acusados de intermediar apostas ilegais. Outros jogadores, como Alef Manga, Eduardo Bauermann e Nino Paraíba, cumpriram longas suspensões e pagaram multas pesadas.
Enquanto aguarda os desdobramentos legais, Bruno Henrique segue sob pressão. O Flamengo, por ora, não se manifestou oficialmente. O futebol brasileiro, mais uma vez, se vê diante de um escândalo que coloca em xeque a integridade das competições.
