O Vasco da Gama enfrenta, há quase uma década, uma crise estrutural que vai muito além das quatro linhas. Nesta quinta-feira (1º), às 16h, o time encara o Operário-PR pela terceira fase da Copa Betano do Brasil, no Estádio Germano Krüger. No entanto, o foco fora de campo também chama atenção: a constante troca de treinadores. A saída de Fábio Carille, no último domingo (27), escancarou mais uma vez o problema de continuidade no comando técnico do Cruzmaltino.
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Números que revelam o caos
A demissão de Carille após pouco mais de quatro meses marca a 49ª troca de técnico desde 2003, início da era dos pontos corridos no Brasileirão. Cabe ressaltar que o último treinador a completar uma temporada no clube foi Jorginho, entre 2015 e 2016. Mesmo com o rebaixamento em 2015, ele conquistou o Carioca no ano seguinte, com um bom aproveitamento de 60%.
Além disso, apenas Renato Gaúcho (2005 a 2007) e Cristóvão Borges (2011 a 2012) superaram um ano no cargo desde então. Sendo assim, a média de permanência dos técnicos em São Januário caiu para preocupantes 5,4 meses, segundo levantamento do ge.
Um rodízio sem fim e sem resultados
Desde 2023, o Vasco já passou por Rafael Paiva, Álvaro Pacheco e Fábio Carille. Todos com pouco tempo, nenhum com sucesso duradouro. Com isso, Felipe, ex-jogador e ídolo, assume interinamente o time nesta quinta-feira. Apelidado de “Maestro” pela torcida, ele buscará resgatar o mínimo de estabilidade para o grupo.
Falta de continuidade impacta no campo
Desse jeito, o Vasco sofre dentro de campo. A ausência de um projeto técnico duradouro compromete a formação tática da equipe. Trocas constantes dificultam a assimilação de conceitos, atrapalham o desenvolvimento dos atletas e impedem uma identidade de jogo.
Por isso, a diretoria precisa repensar o modelo de gestão. Vale destacar: nenhuma ideia prospera sem tempo. E no futebol, tempo é o bem mais valioso que o Vasco não tem dado a seus treinadores.