Saiba quanto os clubes investem para as fases finais da Champions League

Arsenal, Paris Saint-Germain, Barcelona e Inter de Milão são os quatro clubes que disputam as semifinais da atual edição da Champions League. No entanto, mais do que qualidade técnica em campo, as equipes compartilham um aspecto fundamental fora das quatro linhas: o expressivo investimento realizado desde a última temporada. Juntas, as agremiações desembolsaram aproximadamente R$ 3 bilhões em reforços, segundo dados do portal Transfermarkt.

PSG: juventude e cifras elevadas

Responsável por quase metade desse valor, o Paris Saint-Germain lidera a lista em termos de gastos. Foram 239,92 milhões de euros investidos em cinco jogadores, com média de idade de 21,6 anos. A aquisição mais cara foi a do georgiano Khvicha Kvaratskhelia, por 70 milhões de euros. Além dele, chegaram João Neves, Désiré Doué, Willian Pacho e Matvey Safonov.

Aliás, o clube francês é o único entre os semifinalistas que também esteve presente na mesma fase na edição anterior do torneio europeu. Para Renê Salviano, especialista em marketing esportivo e CEO da Agência Heatmap, “hoje, um atleta de alto nível é também uma plataforma de mídia ambulante, com milhões de seguidores e engajamento global. O impacto vai além das quatro linhas”.

Inter de Milão: quantidade e equilíbrio

Enquanto o PSG apostou em nomes de peso, a Inter foi o clube que mais contratou: nove jogadores, com média de idade de 26,2 anos. O montante totalizou 90,15 milhões de euros. Davide Frattesi, vindo do Sassuolo por 31,4 milhões, foi o reforço mais caro. Além dele, o clube italiano trouxe Petar Sucic, Josep Martínez, Carlos Augusto, Marko Arnautovic, Tomás Palacios, Nicola Zalewski (por empréstimo), Piotr Zielinski e Mehdi Taremi (ambos sem custos).

Segundo Claudio Fiorito, CEO da P&P Sport Management, “os clubes têm se estruturado cada vez mais para disputar grandes competições. A contratação de atletas que possuem o perfil e mentalidade da equipe é uma das principais receitas para o sucesso”.

Arsenal: aposta em experiência

O Arsenal foi o segundo clube que mais investiu, com 108,9 milhões de euros gastos em cinco nomes, o mesmo número de contratações do PSG. A média de idade, entretanto, é a mais elevada entre os semifinalistas: 28,4 anos.

Riccardo Calafiori, contratado por 45 milhões de euros, foi o reforço mais caro. Também chegaram Mikel Merino, David Raya, Raheem Sterling (por empréstimo) e Neto Murara (igualmente por empréstimo).

O clube londrino acabou derrotado pelo PSG no jogo de ida, disputado nessa terça-feira (29), e precisará reverter a vantagem mínima – de 1 a 0 – em Paris, na França, para seguir vivo na competição.

Barcelona: austeridade e pontualidade

Com perfil mais comedido, o Barcelona contratou apenas três atletas, gastando ao todo 57,7 milhões de euros. A maior parte desse valor foi destinada à contratação de Dani Olmo, por 55 milhões. Pau Víctor (2,7 milhões) e o goleiro Wojciech Szczesny (sem custos) completam a lista.

O confronto da equipe catalã contra a Inter de Milão está marcado para quarta-feira (30), às 16h (de Brasília), no Camp Nou.

Reflexos do investimento

As cifras revelam um cenário em que os clubes buscam não apenas elevar o nível técnico, mas também ampliar sua visibilidade no cenário global. Conforme apontado por especialistas, o futebol de alto rendimento está cada vez mais ligado à capacidade de atrair talentos com potencial não só esportivo, mas também comercial e midiático.