O Fluminense apresentou, na quarta-feira (30), seu balanço financeiro referente ao ano de 2024. O documento, auditado pela empresa BDO, apontou uma receita de R$ 684 milhões, considerada a maior da história do clube. O crescimento foi impulsionado principalmente pela venda de jogadores, o que refletiu diretamente no desempenho econômico da temporada.
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As negociações de atletas foram decisivas para o resultado. O clube arrecadou R$ 268 milhões com transferências em 2024, um salto expressivo em relação aos R$ 16 milhões registrados em 2023. As saídas de André para o Wolverhampton, por R$ 132 milhões, e de Alexsander para o Al Ahli, por R$ 56 milhões, foram os principais destaques. No mesmo período, o clube desembolsou cerca de R$ 72 milhões em contratações.
Apesar da receita recorde, o superávit registrado foi modesto: apenas R$ 114 mil. O valor, no entanto, ganha relevância quando comparado ao resultado de outros clubes da Série A. Palmeiras, por exemplo, obteve superávit de R$ 198 milhões, enquanto rivais como São Paulo, Corinthians e Cruzeiro apresentaram déficits que variam entre R$ 169 milhões e R$ 288 milhões.
A dívida tricolor também apresentou leve crescimento, passando de R$ 822 milhões para R$ 865 milhões. Ainda assim, o clube considerou o aumento pequeno diante da alta da taxa SELIC, que, segundo o relatório, poderia ter elevado o débito para mais de R$ 1 bilhão. O controle de gastos, portanto, foi decisivo para manter a estabilidade.
Além das vendas, outros setores contribuíram para a alta na arrecadação. O programa de sócio-torcedor passou de R$ 56 milhões para R$ 69 milhões, enquanto os valores obtidos com patrocínios subiram de R$ 49 milhões para R$ 78 milhões. Esses avanços consolidam a atual fase de crescimento econômico da equipe.
Por fim, o Fluminense também ganhou destaque no cenário de marketing esportivo. Conforme relatório da empresa Sports Value, o clube saltou da 12ª para a 5ª posição entre as marcas mais valiosas do futebol brasileiro, registrando valorização de 185% no período. Em carta, o presidente Mário Bittencourt celebrou a conquista: “foi um dos anos mais desafiadores da nossa trajetória”.