
A CBF foi clara ao afirmar que seguirá o estatuto, que determina o uso exclusivo das cores da bandeira nacional nos uniformes oficiais. Mesmo assim, o tema abriu espaço para relembrar episódios em que seleções importantes optaram por romper com seus padrões históricos, adotando cores inesperadas em Copas anteriores.
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Na Copa do Mundo de 2022, disputada no Catar, a Espanha surpreendeu com uma camisa reserva em tom azul claro. Embora o azul escuro seja uma escolha comum para o segundo uniforme da equipe, essa variação mais clara dividiu opiniões. Ainda que o modelo não fosse extravagante, causou estranheza entre os torcedores acostumados à identidade visual tradicional da Fúria.
Quatro anos antes, na Rússia, foi a vez da Argentina inovar. A equipe optou por um uniforme reserva completamente preto. Apesar de não ser uma mudança tão radical, a ausência do tradicional azul-marinho gerou certa curiosidade. Aliás, o contraste com o branco da camisa titular tornou o visual ainda mais marcante naquele Mundial.
Entre os exemplos mais ousados, o Japão se destacou na Copa de 2014, realizada no Brasil. A seleção asiática adotou um uniforme verde-limão como alternativa. A escolha foi considerada arriscada, já que a tonalidade destoava completamente das cores habituais do país. Conforme o impacto visual, o modelo foi rapidamente rotulado como “ame ou odeie”, sem espaço para opiniões neutras.
Anteriormente, em 2010, o México introduziu uma camisa reserva preta, com detalhes em verde e vermelho. Embora essas cores estejam na bandeira nacional, o preto jamais havia sido a base principal de um uniforme mexicano em Copas. A adoção da cor trouxe um ar mais agressivo à estética da equipe.
Em 2006, Portugal também aderiu ao preto. O uniforme ficou associado à geração de Cristiano Ronaldo, então com 21 anos, e que usava a camisa número 17. Sob o comando de Luiz Felipe Scolari, a seleção portuguesa chegou até a semifinal com esse visual alternativo, que marcou época.
Na edição de 2002, outros dois casos chamaram atenção. O Paraguai apresentou um uniforme laranja, completamente desconectado de suas cores nacionais, e que foi considerado o mais feio da Copa pelo site “Footy Headlines”. Já o Uruguai, por sua vez, lançou uma camisa reserva vermelha que, surpreendentemente, nem chegou a ser usada, visto que a equipe foi eliminada ainda na fase de grupos.
Por fim, vale citar que certas seleções mantêm cores históricas que não constam em suas bandeiras. É o caso de Itália, Alemanha, Holanda, Austrália e Japão. Essas escolhas, muitas vezes baseadas em elementos culturais ou históricos, consolidaram identidades visuais que perduram até hoje, mesmo que não representem diretamente os símbolos nacionais.