A transição no comando técnico do Vasco trouxe à tona uma proposta clara e distinta: adotar uma mentalidade ofensiva como principal diretriz durante o período interino de Felipe Loureiro à frente da equipe. A escolha pelo ex-jogador, reconhecido por seu estilo criativo nos tempos de atleta, não se deu apenas por conveniência. Ela carrega um objetivo estratégico dentro do planejamento da diretoria, que busca resgatar a competitividade do time após a saída de Fábio Carille.
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Felipe assume pela segunda vez o comando técnico do clube, agora durante a terceira fase da Copa do Brasil. O duelo contra o Operário, nesta quinta-feira (01), às 16h, em Ponta Grossa, marca o início de um novo ciclo, ainda que temporário.
A equipe vinha de uma sequência negativa de quatro partidas sem vencer, e a diretoria entendeu que era o momento de provocar uma mudança de postura. Nesse contexto, o “Maestro” chega com a missão de resgatar a identidade ofensiva que, segundo ele, é fundamental para o sucesso do clube.
“A ideia é fazer o time jogar para frente. Vamos propor o jogo, pressionar o adversário desde o campo de ataque e buscar o controle da posse de bola de forma inteligente”, afirmou Felipe. Essa concepção, conforme reiterou o treinador interino, está diretamente ligada à sua trajetória como jogador, marcada por passes precisos e visão ofensiva. Ele defende que o Vasco não pode se contentar com uma postura reativa, especialmente em confrontos eliminatórios.
Confiança de Pedrinho
Embora esteja no cargo de forma provisória, Felipe conta com a confiança do presidente Pedrinho, com quem mantém uma relação próxima desde os tempos em que ambos atuavam juntos. Aliás, foi ao lado do atual mandatário que iniciou sua trajetória como técnico, no Tigres-RJ, em 2017. Desde então, acumulou passagens por equipes como Bangu, Confiança e Volta Redonda, além de breve trabalho como auxiliar na seleção brasileira e coordenador técnico na Ponte Preta.
Interino do Vasco
A primeira experiência à frente do Vasco ocorreu no final de 2024, quando comandou o time nas três últimas rodadas do Brasileirão e obteve duas vitórias e um empate. Essa breve passagem bem-sucedida ajudou a construir um discurso interno favorável à sua filosofia de jogo, mesmo que não esteja confirmado como candidato à efetivação. A diretoria ainda avalia opções e considera Fernando Diniz como prioridade.
No aspecto prático, o retorno de nomes como Tchê Tchê, Lucas Piton e Adson amplia o leque de alternativas para Felipe estruturar seu estilo. Tchê Tchê, ausente nas últimas partidas por motivos familiares, é peça-chave no setor de meio-campo, enquanto Piton e Adson retornam após terem sido poupados no jogo anterior, contra o Cruzeiro. A ausência de Payet, lesionado, e do zagueiro Mauricio Lemos, em recuperação, segue como fator limitante, mas o treinador acredita na força coletiva.
Enquanto o clube projeta novas contratações para a janela de transferências do meio do ano, Felipe terá o desafio de equilibrar desempenho e resultados. A Copa do Brasil surge como uma oportunidade concreta, e o planejamento da equipe também considera a Sul-Americana como outro objetivo viável para 2025.
O Operário, adversário da vez, atravessa momento semelhante, sem vitórias nos últimos quatro jogos e ocupando a 15ª colocação na Série B. Ainda assim, conta com jogadores experientes, como Gabriel Boschilia, e busca aproveitar o mando de campo no Estádio Germano Krüger. A partida de volta será disputada em São Januário, no dia 20 de maio, às 19h, e pode ser decisiva para o futuro do interino no clube.