Durante uma reunião do Conselho Deliberativo realizada na terça-feira (29), o Flamengo expôs detalhes sobre o contrato firmado pela Libra com a TV Globo, apontando perdas significativas para o clube. A diretoria revelou que propostas financeiramente superiores à da emissora foram ignoradas, sem a devida análise. Conforme os documentos apresentados, a gestão de Rodolfo Landim teria priorizado o acordo atual mesmo diante de ofertas mais vantajosas.
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A proposta da Globo estipula um valor anual de R$ 1,17 bilhão, distribuído entre os clubes membros da Libra. Para o Flamengo, isso representa aproximadamente R$ 195 milhões por temporada, uma queda acentuada em relação aos cerca de R$ 292 milhões que o clube recebia anteriormente. Ao longo de cinco anos, essa diferença pode gerar um prejuízo de até R$ 500 milhões ao Rubro-Negro.
Entretanto, a reunião também revelou que a Liga Forte União (LFU) apresentou uma proposta de até R$ 1,6 bilhão por ano. Segundo os dados exibidos, essa oferta previa um pagamento de R$ 275 milhões ao Flamengo, reconhecendo-o como principal atrativo comercial do futebol brasileiro. Além disso, o modelo de divisão de receitas oferecido seria mais favorável aos clubes em caso de arrecadações acima do valor mínimo garantido.
Apesar disso, as propostas da LFU e do Grupo Mubadala não foram debatidas com profundidade. “Por pressão de Flamengo, Palmeiras e Botafogo, foi decidido fechar com a Globo sem maior análise das demais propostas”, destacou a apresentação do Conselho. Essa postura causou o desligamento do Corinthians da Libra, o que resultou na redução do valor global do contrato com a Globo.
Atualmente, a nova gestão do Flamengo busca alterar os critérios de divisão de receitas, propondo substituir a audiência por número de assinaturas no pay-per-view. Caso a medida seja aprovada em reunião marcada para 15 de maio, o clube projeta arrecadar até R$ 253 milhões por ano. Ainda assim, a possibilidade de saída da Libra permanece em discussão. As informações são do ‘Mundo Rubro-Negro’.
A diretoria do Flamengo, aliás, estuda caminhos para reverter os termos atuais e alcançar uma compensação mais condizente com sua relevância no cenário nacional. Embora o debate siga em andamento, o episódio ilustra as divergências internas sobre os rumos comerciais do futebol brasileiro.
