A trajetória de Matheus Eduardo, jovem atacante das categorias de base do Flamengo, ganhou novos contornos com sua participação de destaque no torneio Vukovar Defender’s Memorial, na Croácia. Filho do ex-jogador Eduardo da Silva, o garoto de 14 anos deixou boa impressão no processo seletivo promovido pela federação croata, visando a formação da equipe sub-15 para o próximo ciclo.
Notícias mais lidas:
O torneio, realizado entre os dias 24 e 28 de abril, reuniu atletas croatas que vivem fora do país, divididos em quatro seleções regionais: América, Alemanha/Suécia, Áustria/Suíça e Austrália. Matheus integrou o grupo da América, formado por jogadores residentes no continente americano, e teve como adversários equipes tradicionais do futebol local, como Dínamo Zagreb, Lokomotiv Zagreb e HNK Šibenik.
Embora a Seleção da América tenha sofrido três derrotas, o desempenho individual de Matheus foi expressivo. O jovem atacante marcou quatro gols nos confrontos contra Dínamo e Šibenik, e balançou as redes mais duas vezes em um amistoso contra a equipe da Alemanha/Suécia. Ao todo, foram seis gols em quatro partidas, o que o colocou como vice-artilheiro da competição e, naturalmente, no radar da comissão técnica croata.
“Foi uma honra disputar o processo de seleção da seleção croata sub-15. Tive uma grande experiência e um grande torneio em Vukovar. Muito obrigado por essa oportunidade”, declarou Matheus, evidenciando o entusiasmo pela oportunidade internacional.
Revelado pelas categorias de base do Flamengo, clube no qual atua há cinco temporadas, o garoto já desempenhou diferentes funções ofensivas. Começou como centroavante, passou pelo meio e atualmente joga pelas pontas, mostrando versatilidade e adaptação tática.
Nascido em Donetsk, na Ucrânia, Matheus possui dupla nacionalidade – croata e brasileira – e mede 1,79m, superando em estatura o próprio pai, que marcou 29 gols em 64 partidas pela seleção da Croácia.
Aliás, o simbolismo da camisa 22, a mesma usada por Eduardo da Silva na Copa do Mundo de 2014, não passou despercebido. O número foi entregue a Matheus pelos organizadores como forma de homenagem à trajetória do pai, ídolo no Dínamo Zagreb e ainda hoje respeitado no futebol croata. Eduardo também passou por Arsenal, Shakhtar Donetsk, Flamengo e Athletico-PR antes de se aposentar.
Sobre o futuro do filho, o ex-atacante mantém cautela, mas não esconde o orgulho. “Sou brasileiro e a mãe dele é croata. Aqui é mais difícil de chegar à Seleção, com 230 milhões de brasileiros. Deixo para ele decidir”, afirmou. A escolha entre defender o Brasil ou a Croácia, segundo Eduardo, caberá exclusivamente a Matheus.