O empresário grego Evangelos Marinakis formalizou, na quarta-feira (30), seu afastamento das funções diretivas no Nottingham Forest. A decisão se dá em meio à campanha do clube inglês por uma vaga na próxima edição da Champions League, resultado da boa fase na Premier League. A equipe, que disputa ponto a ponto as últimas colocações do G-5 com Chelsea e Manchester City, agora segue sob a gestão de um truste, responsável por administrar as ações que pertenciam ao magnata.
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A medida visa atender às normas da Uefa, que proíbem a participação simultânea de clubes sob o mesmo comando em competições continentais. Afinal, Marinakis também é proprietário do Olympiacos, líder do Campeonato Grego, e cotado para garantir classificação à principal disputa europeia na temporada 2025/26. Assim sendo, o afastamento do comando do Forest permite a continuidade dos dois clubes nas respectivas campanhas, sem desrespeitar os regulamentos da entidade.
Enquanto oficializa essa reestruturação, Marinakis reposiciona seu foco no futebol internacional. Um dos pilares dessa movimentação é sua rede de clubes, que inclui o Rio Ave, de Portugal. Essa estrutura passará a ser liderada por Edu Gaspar, ex-diretor do Arsenal e da Seleção Brasileira. O dirigente deixou o clube inglês no fim de 2024, após cinco anos no cargo, e agora assume o papel de coordenador esportivo do grupo internacional gerido pelo magnata.
Interesse na SAF do São Paulo
Paralelamente, Marinakis mantém tratativas com o São Paulo para estabelecer uma parceria estratégica voltada às categorias de base. Conforme revelado, já ocorreram ao menos dois encontros com o presidente tricolor Julio Casares. A proposta em análise prevê um intercâmbio de atletas e profissionais entre os clubes, com foco na formação de jogadores e valorização comercial, sem que haja cessão de controle sobre o centro de formação de Cotia.
“Nosso objetivo é fortalecer Cotia como um dos principais centros reveladores de talentos do mundo”, declarou Casares durante uma das conversas. A eventual parceria permitiria ao investidor grego acesso prioritário aos jovens formados no clube paulista, ao passo que o Tricolor se beneficiaria de aportes técnicos e financeiros que podem ampliar seu potencial de receitas em futuras transferências.
Essa movimentação se insere em um momento em que Marinakis ajusta seu planejamento global, optando por estruturas paralelas de gestão para evitar conflitos com regras internacionais. A possível entrada no futebol brasileiro surge como uma extensão natural de seu modelo de negócios, que busca combinar desempenho esportivo e oportunidades de expansão em mercados estratégicos.