Emiliano Díaz explica relação com Memphis Depay no Corinthians

Memphis Depay com a camisa do Corinthians em 2024 (Foto: Rodrigo Coca/Corinthians)

Após o desligamento da comissão liderada por Ramón Díaz do Corinthians, o auxiliar técnico Emiliano Díaz, filho do treinador argentino, ofereceu um relato direto sobre os bastidores da curta passagem pelo clube paulista. Em diferentes entrevistas, Emiliano buscou rebater especulações sobre rusgas internas e questionamentos ao trabalho da comissão técnica, especialmente em torno do atacante Memphis Depay.

Durante participação no videocast Bola da Vez, exibido no último sábado (26), às 22h, Emiliano abordou de forma clara a polêmica relacionada ao holandês. Após uma derrota para o Fluminense, Memphis fez uma cobrança pública sobre a postura e o rendimento coletivo da equipe, o que gerou rumores de que sua insatisfação teria contribuído para a queda do comando técnico.

Emiliano foi taxativo ao negar qualquer influência externa nas decisões da diretoria: “Não, porque nós dois sabíamos internamente que o Fabinho [Soldado, diretor de futebol] falava a real, então não tem nada a ver isso. O presidente decidiu isso e acabou depois caindo a culpa no Memphis.”

Ainda segundo ele, a relação com Memphis sempre foi respeitosa e marcada por diálogo, sem interferência nos aspectos táticos. “Claramente não falávamos de coisas táticas, pois nós somos os treinadores e somos nós que decidimos.

Nem Memphis, nem nenhum jogador no mundo decide”, enfatizou. Embora tenha discordado da forma como o jogador expressou sua opinião, o auxiliar declarou que não houve ressentimentos: “Se você me perguntar: você faria isso? Não, existe outra forma de agir, mas eu não fiquei chateado, muito pelo contrário.”

Emiliano também comentou o episódio durante participação no videocast Toca e Passa, do jornal O Globo. Lá, reiterou que sua saída e a do pai ocorreram sem mágoas, reforçando o sentimento de dever cumprido. “Fomos embora sabendo que fizemos algo pelo clube. Quando chegamos, ninguém queria ir para o Corinthians, hoje todo mundo quer. Recebo muitas mensagens, saímos pela porta da frente”, declarou.

Aliás, o argentino demonstrou incômodo com críticas que considerou injustas à integridade do trabalho feito no clube. Ele rechaçou questionamentos sobre a preparação do time e a união entre os atletas: “Não pode falar que somos treinadores ruins, que mexemos mal, ou falar do elenco, da harmonia que tínhamos lá dentro (…). Quando mentem dessa forma, 100%, isso é mentira e isso não gosto.”

Enquanto analisa o futuro, Emiliano deixou clara sua admiração por nomes relevantes do futebol brasileiro. Um deles é Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, a quem vê como nome viável para comandar a seleção. “Gosto da ideia do Ancelotti. Mas, se não der, acho que Abel tem toda a capacidade. Está há cinco anos no Brasil, é difícil enfrentá-lo. Sempre fizemos bons jogos. Ganhamos a maioria deles, mas nos custou muito”, afirmou.

Por fim, Emiliano manifestou torcida por Neymar, atualmente no Santos, para que conquiste uma Copa do Mundo: “Falei isso para ele. Seria extraordinário.”