O reencontro entre Gabigol e o Flamengo, no último domingo (05), ganhou contornos marcantes não apenas pelo resultado em campo, mas também pelos bastidores revelados após o apito final. Atualmente no Cruzeiro, o atacante teve participação decisiva na vitória da equipe mineira por 2 a 1 no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro, ao marcar o gol que selou o triunfo — mesmo após desperdiçar a cobrança de pênalti, aproveitando o rebote para balançar as redes.
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Aliás, o momento foi ainda mais simbólico por tratar-se do primeiro embate contra o ex-clube após a saída conturbada. Durante participação no podcast “Cruzeiro Cast”, Gabigol revelou detalhes de um diálogo com Léo Ortiz, zagueiro do Flamengo, antes mesmo do lance decisivo.
Em tom descontraído, o camisa 9 do Cruzeiro relembrou que avisou ao defensor que faria um gol naquela partida. “Na primeira bola do jogo eu virei e chutei. Depois, em uma cobrança de lateral, brinquei com o Léo Ortiz: ‘Eu vou fazer o gol’. Ele respondeu: ‘Sai daqui, sai daqui’. Aí aconteceu o pênalti e tudo se encaixou”, contou o atacante.
Embora sua atuação tenha sido curta, entrando apenas nos minutos finais, o impacto foi imediato. Conforme revelou, sua expectativa era de entrar em campo mais cedo, mas demonstrou compreensão com a decisão do treinador Leonardo Jardim.
De acordo com o próprio Gabigol, sua única solicitação ao comandante desde que chegou à Toca da Raposa foi sobre a franqueza nas conversas. “Nossa relação é super franca. Pedi apenas que ele fosse direto comigo. Conversamos muito sobre como posso melhorar. Tenho plena confiança de que estamos construindo algo bom, que tende a evoluir”, afirmou.
O reencontro com o ex-clube foi carregado de simbolismo, sobretudo para os torcedores do Flamengo, que ainda guardam na memória os feitos do atacante com a camisa rubro-negra. Contudo, Gabigol parece estar focado no novo desafio, demonstrando motivação renovada e vontade de se afirmar em Belo Horizonte.
Além disso, o jogador aproveitou o espaço na entrevista para comentar sobre Jorge Jesus, técnico com quem viveu seu auge no Flamengo. Especulado como possível substituto de Dorival Júnior na Seleção Brasileira, o português recebeu elogios entusiasmados do atacante.
“Temos uma amizade muito humana. Não falamos tanto de futebol, nossas conversas são mais pessoais. Mas claro que torço para que ele venha para a Seleção. É o melhor técnico com quem trabalhei, soube extrair o máximo de mim e de todo o elenco”, destacou.
Gabigol, que chegou ao Cruzeiro durante a janela de transferências do início do ano, tem oscilado entre o time titular e o banco de reservas, mas segue buscando espaço e protagonismo. Apesar de ter sentido dores musculares e ficado fora do jogo seguinte contra o Mushuc Runa, pela Copa Sul-Americana, seu discurso reforça a vontade de contribuir com o clube mineiro em todas as frentes da temporada.
