A lesão muscular de Savarino impôs um desafio importante ao planejamento ofensivo do Botafogo. Mesmo com a vitória sobre o Carabobo, pela Libertadores, a ausência do meia venezuelano voltou a evidenciar as dificuldades do time na criação de jogadas. O camisa 10, peça central no setor ofensivo, segue fora de combate e sem prazo definido para retorno.
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Renato Paiva tem buscado alternativas no elenco, mas reconhece as limitações enfrentadas. Após a partida na Venezuela, o treinador foi direto: “Sava é um jogador que tem características muito únicas, e nós, no elenco, não temos outro com essas mesmas características”, disse. A fala reflete um cenário já percebido anteriormente, em que o Botafogo depende fortemente de peças específicas para executar sua proposta de jogo.
No duelo contra o Carabobo, disputado na terça-feira (6), Paiva optou por uma nova formação. A linha de meio-campo contou com Patrick de Paula mais avançado, à frente de Gregore e Marlon Freitas. Contudo, a principal novidade foi a presença de Cuiabano no meio, além do trio ofensivo composto por Jeffinho, Rwan Cruz e Igor Jesus.
Cuiabano, aliás, foi um dos destaques da noite. O jogador participou do primeiro gol e ainda marcou o segundo, selando a vitória por 2 a 1. Apesar do resultado positivo, o setor de criação continuou demonstrando dificuldades. Conforme destacou o técnico, “deixa de haver um criador entre as linhas, e o Savarino é único nesse papel”.
O treinador ressaltou que adaptações táticas são inevitáveis. “É preciso mudar algumas coisas na estrutura, na tática e até na estratégia para a partida”, afirmou. Ainda assim, reforçou sua postura profissional ao dizer: “Se eu ficar chorando por isso, não faço meu trabalho. Eu tenho que fazer meu trabalho”.
O Botafogo, atualmente, segue vivo na disputa do Grupo A da Libertadores, mas terá pela frente desafios importantes. No domingo (11), recebe o Internacional pelo Campeonato Brasileiro. Já na quarta-feira (14), encara o Estudiantes em confronto decisivo no mesmo estádio, o Nilton Santos.
