Com uma rara semana livre para treinamentos, o técnico Cleber Xavier aproveita o período para corrigir deficiências que têm comprometido o desempenho do Santos. O clube soma apenas quatro pontos em sete partidas no Campeonato Brasileiro e ocupa a penúltima colocação. Com seis dias de atividades programadas até o confronto diante do Ceará, marcado para segunda-feira (13), às 20 horas (horário de Brasília), a comissão técnica quer usar esse tempo para reorganizar a equipe em três frentes: defesa, ataque e preparo físico.
Notícias mais lidas:
As falhas defensivas continuam sendo um dos principais entraves do Santos. Mesmo com mudanças promovidas por Xavier, como a entrada de Luan Peres no lugar de Gil, os problemas persistem. No último duelo contra o Grêmio, erros em sequência permitiram o gol da vitória adversária. “Temos que parar de tomar gols. Precisamos equilibrar”, disse o treinador, evidenciando a prioridade na recomposição do setor defensivo.
Enquanto isso, a pontaria segue como outro ponto sensível. O Peixe finalizou 13 vezes contra o Grêmio, mas acertou apenas uma na direção do gol. No embate com o CRB, foram 16 chutes, mas sem a efetividade esperada. “Ainda não chegamos às conexões ofensivas. Temos que melhorar a precisão na finalização”, analisou Xavier, reconhecendo a necessidade de maior entrosamento no ataque.
Além das questões táticas, o desgaste físico preocupa. Sete jogadores estiveram no departamento médico recentemente. Guilherme ficou fora por lesão, enquanto Escobar atuou no sacrifício. Rollheiser e Bontempo também tiveram restrições físicas. O técnico espera que os dias livres ajudem na recuperação do elenco.
Soteldo e Thaciano, que retornaram contra o Grêmio, foram destaques positivos. Soteldo, aliás, liderou o setor ofensivo, enquanto Thaciano suportou os 90 minutos. Bontempo, por outro lado, só entrou no segundo tempo, ainda sem plenas condições físicas. Escobar, embora tenha iniciado a partida, pediu substituição na segunda etapa por exaustão.
Portanto, a semana cheia no CT Rei Pelé será decisiva não só para a implementação de conceitos táticos, mas também para que os atletas possam se recondicionar. “A gente vai crescer. Vamos poder trabalhar melhor e crescer a partir do que de bom a gente construiu”, afirmou Xavier, confiante na evolução da equipe.