A derrota do Atlético para o Deportes Iquique-CHI, na noite de quinta-feira (08 de maio), pela Copa Sul-Americana, gerou duras críticas à atuação do lateral-esquerdo Caio Paulista. Durante a transmissão da partida, o narrador Mário Henrique Caixa não poupou palavras ao comentar o desempenho do jogador. Segundo ele, o defensor não teria condições de suportar a pressão imposta pela torcida na Arena MRV.
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“Com todo respeito ao nosso Caio, ao Cuca que parece que gosta dele, mas não aguenta dois jogos na Arena MRV. A torcida vaia. Não é jogador para esse estágio que o Atlético está a caminho e quer chegar”, afirmou Caixa, em tom contundente. As declarações provocaram reações entre torcedores e parte da imprensa esportiva, que debateu o momento do atleta com a camisa alvinegra.
Caio Paulista, contratado junto ao Palmeiras, chegou ao Atlético com o propósito de ser uma alternativa a Guilherme Arana. Contudo, com a lesão do titular, o jogador herdou a vaga na equipe principal sob o comando de Cuca. Desde então, entrou em campo 14 vezes, mas não conseguiu se firmar como peça de confiança.
Aliás, a cobrança sobre o lateral aumentou após a vitória sobre o Juventude, na segunda-feira (06 de maio). Na ocasião, o atleta cometeu um pênalti que poderia ter resultado no empate do time gaúcho. Embora o lance tenha sido anulado pela arbitragem, Caio não escondeu o abalo emocional e chegou a chorar em campo, sendo amparado pelos companheiros de time.
Apesar das críticas, o técnico Cuca demonstrou apoio ao jogador. “Se cada jogo ruim que um jogador fizer você for encostá-lo, você tem que ter 58 jogadores no plantel. Eles têm às vezes uma partida ruim, mas têm a confiança. O Caio hoje jogou bem, teve um ou dois erros que temos que corrigir, mas jogou bem”, declarou o treinador após o duelo contra o Juventude.
O episódio envolvendo Caixa e Caio Paulista escancara a pressão enfrentada por atletas em momentos de instabilidade. Enquanto parte da torcida e da crônica esportiva cobra desempenho imediato, a comissão técnica adota uma postura mais paciente, apostando na recuperação do jogador. A sequência de jogos, aliás, deverá testar a capacidade de reação do lateral e a tolerância do torcedor alvinegro.