A Confederação Brasileira de Futebol definiu um plano ambicioso para atrair Carlo Ancelotti ao comando técnico da Seleção Brasileira. Conforme revelado em documentos e reportagens recentes, o acordo oferecido ao italiano estabelece um salário anual de R$ 60 milhões, equivalente a R$ 5 milhões mensais, valor que o posiciona como o treinador mais bem remunerado entre as seleções nacionais.
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Esse montante coloca Ancelotti em um patamar próximo ao de executivos de grandes companhias brasileiras. A título de comparação, CEOs do setor corporativo, como os do Itaú Unibanco e da Hapvida, recebem cerca de R$ 68 milhões e R$ 67,5 milhões anuais, respectivamente.
A proposta feita pela entidade inclui ainda benefícios adicionais, como moradia no Rio de Janeiro, seguro de vida e plano de saúde com cobertura internacional.
Bônus por desempenho impulsiona valor total do contrato
Entretanto, o aspecto mais expressivo da proposta não está apenas na remuneração fixa, mas sim nos bônus previstos por desempenho. Um dos principais incentivos financeiros foi detalhado em um pré-contrato firmado entre a CBF e o treinador.
O documento prevê o pagamento de € 5 milhões (cerca de R$ 27,5 milhões) caso o Brasil conquiste a Copa do Mundo de 2026.
Além desse valor, o contrato inclui um mecanismo de aumento automático de 20% no salário anual se a Seleção atingir ao menos as semifinais do torneio. Isso significa que, em caso de classificação entre os quatro melhores, a remuneração anual de Ancelotti poderia saltar para R$ 72 milhões — ou R$ 6 milhões por mês.
Somando os bônus por semifinal (R$ 12 milhões) e o prêmio por título (R$ 27,5 milhões), o valor adicional que Ancelotti pode embolsar ultrapassa os R$ 39 milhões. Portanto, em um cenário de título mundial, o técnico italiano teria um ganho total próximo de R$ 99 milhões apenas no ano da Copa.
Planejamento da CBF visa reestruturação completa da Seleção
A escolha por um nome com prestígio internacional se dá, principalmente, pela crise técnica que atinge a Seleção. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, aposta na experiência de Ancelotti para promover estabilidade e recuperar a imagem da equipe.
“O investimento é alto, mas necessário para resgatar a credibilidade da Seleção e mirar uma campanha consistente rumo ao hexa”, justificou Rodrigues.
Ancelotti acumula conquistas expressivas nos principais centros do futebol europeu e é o único treinador a vencer ligas nacionais na Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha. Seu histórico de gestão de grupo e resultados sob pressão foi decisivo para a proposta inédita da entidade brasileira.
Termos adicionais e cláusulas especiais
O acordo inicial também contempla elementos menos comuns em contratos do tipo. Entre eles, está a possibilidade de uso de jato fretado para deslocamentos pontuais à Europa, bem como a organização de um amistoso entre Brasil e Real Madrid — medida que, além do aspecto esportivo, tem potencial de retorno comercial significativo para ambas as partes.
O planejamento inicial previa que o técnico assumisse o comando da Seleção em 26 de maio, a fim de anunciar a convocação para os duelos contra Equador e Paraguai, válidos pelas Eliminatórias Sul-Americanas, nos dias 5 e 10 de junho.
Conclusão
A proposta da CBF a Ancelotti, além de representar uma aposta robusta em termos financeiros, reflete uma mudança de postura da entidade diante do declínio recente da Seleção em competições de alto nível.
O bônus de R$ 27,5 milhões por título mundial, aliado aos demais incentivos por desempenho, eleva a possível remuneração total do treinador a cifras inéditas no futebol de seleções — comparáveis, aliás, ao topo do mercado corporativo nacional.