A declaração de Dorival Jr. após a derrota do Corinthians

Dorival Jr. em sua primeira coletiva como técnico do Corinthians - Foto: Rodrigo Coca/Agência SCCP
Dorival Jr. em sua primeira coletiva como técnico do Corinthians - Foto: Rodrigo Coca/Agência SCCP

A derrota do Corinthians para o Mirassol, por 2 a 1, no sábado (10), evidenciou os desafios enfrentados por Dorival Júnior à frente da equipe alvinegra. Durante a entrevista coletiva, o treinador expôs publicamente suas preocupações com o desempenho coletivo, criticou escolhas individuais e defendeu decisões que vêm sendo questionadas por parte da torcida.

Um dos principais pontos de tensão no confronto foi a penalidade desperdiçada por Memphis Depay, que tentou uma cavadinha e falhou na execução. Dorival reconheceu a gravidade do erro, embora tenha evitado julgamentos imediatos.

“Tem situações que são necessárias uma intervenção direta de quem comanda”, comentou, deixando claro que pretende conversar com o atacante para discutir a escolha tomada naquele momento decisivo.

O treinador também abordou críticas direcionadas a Félix Torres, que vem sendo mantido como titular mesmo diante de atuações instáveis. Dorival sustentou sua decisão, ressaltando a experiência do defensor e destacando a importância de confiar no processo de evolução dos atletas.

“Os erros são inevitáveis, mas precisamos trabalhar para superá-los”, afirmou, demonstrando confiança no potencial do zagueiro.

Em outro trecho da coletiva, o comandante do Corinthians avaliou o rendimento ofensivo da equipe. A falta de criatividade e objetividade nas jogadas tem sido uma constante nos últimos jogos, segundo ele. Dorival apontou que, apesar da posse de bola, o time não consegue transformar esse domínio territorial em oportunidades claras de gol.

“Temos que criar e simular sempre situações para que a equipe possa infiltrar a todo momento”, explicou.

Em paralelo, o técnico justificou a ausência de Yuri Alberto em algumas partidas, citando o calendário apertado como fator determinante. Segundo ele, a gestão do elenco precisa levar em consideração a carga física e o risco de lesões.

“Em algum momento um ou outro jogador ficará de fora pela necessidade da sequência de jogos”, reforçou, ao justificar a rotatividade no time.

Ainda durante a conversa com a imprensa, Dorival foi questionado sobre a possibilidade de lançar jogadores revelados pelas categorias de base como solução para a baixa produção ofensiva. Embora o elenco tenha jovens promissores, o treinador pediu cautela nesse processo.

“Temos que primeiro ter uma equipe que volte a passar essa confiança ao torcedor”, comentou. Ele entende que lançar atletas jovens em um momento de instabilidade pode ser prejudicial tanto para o clube quanto para a formação desses jogadores.

Conforme Dorival destacou, os jogos recentes, como os confrontos contra América de Cali e Mirassol, seguiram um padrão preocupante: o Corinthians começou bem, saiu na frente do placar, mas cedeu o empate e não conseguiu se recuperar.

“Estamos tendo posse de bola, mas faltando realmente o movimento final”, observou o técnico, sinalizando que ajustes ofensivos continuam sendo prioridade no treinamento da equipe.

Aliás, mesmo diante da pressão por resultados imediatos, o técnico demonstrou serenidade ao projetar os próximos compromissos. O Corinthians terá alguns dias de preparação antes do duelo contra o Racing, no Uruguai, válido pela Copa Sul-Americana. Dorival pretende aproveitar esse tempo para realizar correções táticas e recuperar a confiança do grupo.