Carlo Ancelotti inicia sua trajetória à frente da Seleção Brasileira com diversos desafios, entre eles, a indefinição sobre a presença de Neymar nos primeiros compromissos. O jogador, atualmente com 33 anos, está em recuperação de uma lesão na coxa sofrida em outubro de 2023, durante duelo contra o Uruguai pelas Eliminatórias. Embora tente estar apto para os confrontos contra Equador e Paraguai, suas chances de ser convocado ainda são incertas.
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Apesar de nunca terem trabalhado juntos, o histórico entre Ancelotti e Neymar é repleto de referências públicas e declarações que revelam admiração mútua. O técnico italiano se manifestou sobre o camisa 10 brasileiro já em 2010, quando comandava o Chelsea. À época, Neymar ainda despontava no Santos e era alvo de especulações sobre uma possível transferência para o clube inglês. “Só posso dizer que o Neymar é um jogador fantástico”, afirmou Ancelotti, deixando claro o respeito pelo talento do jovem.
Anos depois, em 2013, os caminhos de ambos se cruzaram de forma indireta, durante o período em que Neymar defendia o Barcelona e Ancelotti estava à frente do Real Madrid. Questionado sobre a possibilidade de contar com o brasileiro, o treinador foi categórico ao afirmar que preferia Cristiano Ronaldo. “Neymar joga na faixa de campo de Cristiano Ronaldo e nunca na minha vida trocaria Ronaldo”, destacou, mencionando ainda que o clube espanhol buscava Gareth Bale naquele momento.
Entretanto, mesmo diante dessa preferência por seus comandados no Real Madrid, o treinador não deixou de reconhecer a relevância de Neymar no Barcelona. Conforme declarou, o time catalão vivia momento melhor com o atacante brasileiro em campo, o que reforça a visão positiva que sempre manteve sobre o jogador.
A visão de Ancelotti sobre Neymar evoluiu ao longo do tempo. Em 2016, já como técnico do Bayern de Munique, ele demonstrou maior entusiasmo ao comentar sobre o momento do atleta. “O crescimento de Neymar nesta temporada é evidente, seu rendimento é espetacular, assim como a sua importância dentro da equipe”, declarou, em tom de elogio, contrastando com o histórico de lesões de Bale, seu antigo preferido.
Essa trajetória de declarações demonstra que, embora Neymar não tenha sido prioridade nos tempos de Real Madrid, Ancelotti reconheceu, ao longo dos anos, o peso técnico e simbólico do brasileiro. Aliás, a possibilidade de ambos estarem finalmente juntos na Seleção Brasileira adiciona um novo capítulo a essa história, marcado por respeito e evolução de percepções.
Agora, com o comando técnico da Amarelinha em suas mãos, Ancelotti poderá, eventualmente, contar com Neymar. Tudo dependerá da recuperação física do jogador e da escolha estratégica do treinador, que terá o desafio de equilibrar experiência e renovação no grupo. Afinal, a Seleção inicia uma nova era, e a relação entre técnico e jogador pode ser uma das peças-chave para o seu desenvolvimento.
