O Cruzeiro vive um dos melhores momentos de sua trajetória recente. Invicto há cinco partidas, o time comandado por Leonardo Jardim começa a dar sinais claros de evolução, tanto no aspecto tático quanto na postura em campo. A sequência positiva inclui vitórias contra Vasco, Flamengo e Sport pelo Campeonato Brasileiro, além de um triunfo diante do Vila Nova-GO pela Copa do Brasil e um empate com o Mushuc Runa-EQU pela Copa Sul-Americana.
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A última derrota da equipe ocorreu em 24 de abril, diante do Palestino, no estádio Francisco Rumoroso, em Coquimbo, pela terceira rodada do Grupo E da Sul-Americana. Já no Brasileirão, o último revés foi sofrido em 20 de abril, contra o Bragantino, no Nabi Abi Chedid. Desde então, o Cruzeiro iniciou uma virada de chave que tem sido creditada ao trabalho intenso e à reformulação conduzida por Jardim.

“O segredo está no trabalho. Desde que cheguei, em fevereiro, deixei claro que a intensidade do time precisava aumentar. Não basta exigir isso dos atletas, é preciso treinar duro para que aconteça. Fizemos ajustes, testamos peças e encontramos jogadores mais adaptáveis às nossas estratégias”, explicou Leonardo Jardim, revelando os bastidores da preparação que mudou a dinâmica da equipe.
Algumas decisões de impacto marcaram esse processo. O técnico português optou por deixar Gabigol no banco, mesmo sendo uma das principais contratações da temporada. Além disso, respaldou a saída de Dudu, após problemas internos. Essas medidas sinalizaram que o foco estava no coletivo, e não em nomes isolados, consolidando uma identidade mais competitiva para o grupo.
Conforme destacou o zagueiro Fabrício Bruno, a união dos jogadores teve papel determinante na retomada do bom desempenho. “Foi um momento muito difícil, com desconfiança de todos os lados. Mas nos fechamos e nos fortalecemos como grupo. Passamos juntos pela fase ruim para agora vivermos essa boa fase. É só o começo, temos que trabalhar cada vez mais”, comentou, após a goleada por 4 a 0 sobre o Sport.
No aspecto defensivo, os números também chamam atenção. O Cruzeiro não sofreu gols em três dos cinco jogos da sequência atual e marcou dez gols nesse período, sofrendo apenas dois. A pressão alta exercida desde o ataque e a compactação do time foram fundamentais para esse equilíbrio. “Com a equipe compacta, as funções ficam mais claras e fáceis de executar”, concluiu o defensor.
Aliás, essa sequência é a melhor desde o período entre abril e maio de 2024, quando o time, então sob o comando de Fernando Seabra, ficou seis jogos invicto. Assim sendo, o momento atual representa não apenas uma recuperação pontual, mas também um passo importante no planejamento do clube para a temporada.