A Confederação Brasileira de Futebol oficializou, na segunda-feira (12), o nome de Carlo Ancelotti como novo treinador da seleção brasileira. O técnico italiano, que se despede do Real Madrid ao fim da temporada europeia, chega ao Brasil cercado de expectativas e com a missão de reorganizar uma equipe que, apesar do histórico vitorioso, enfrenta dificuldades de desempenho há alguns anos.
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Durante o programa UOL News, o comentarista esportivo José Trajano analisou a chegada do comandante e destacou possíveis desafios, sobretudo no que diz respeito à convivência com Neymar. Segundo ele, o camisa 10 da seleção pode encontrar dificuldades para se adaptar ao estilo exigente e disciplinado de Ancelotti. “Primeiro, Neymar precisa voltar a jogar futebol”, afirmou o comentarista, em referência à fase de inatividade do atacante.
Trajano chamou atenção para o perfil de liderança do treinador italiano, destacando sua habilidade em gerir grupos repletos de estrelas. “Sabe conviver com jogadores de seleção, que são estrelas, que ganham bem. Ele já lidou com todo tipo de jogador famoso, isso é muito importante”, pontuou. Essa característica, conforme o comentarista, será essencial para lidar com o ambiente da seleção brasileira.
Ainda de acordo com Trajano, o relacionamento entre Neymar e Ancelotti dependerá mais da postura do jogador do que da flexibilidade do técnico. “Na minha opinião, o tamanho do Ancelotti permite que o Neymar vá se adaptar a ele. Não é ele que vai se adaptar ao Neymar”, afirmou. A fala revela uma expectativa de que o treinador não abrirá mão de seus métodos para privilegiar figuras individuais.
Apesar de não demonstrar pessimismo extremo, o comentarista reconheceu que a seleção brasileira ainda não encontrou uma identidade clara desde a saída de Tite. Mesmo assim, descartou a possibilidade de ausência na próxima Copa do Mundo. Para ele, ainda que faltem atuações convincentes, o Brasil estará no Mundial.
Por fim, Trajano lembrou que vários jogadores brasileiros do Real Madrid seguirão atuando com Ancelotti na seleção, o que pode representar um ponto positivo na transição do treinador para o comando da equipe nacional. Assim, o entrosamento já existente poderá, eventualmente, contribuir para a construção de uma base sólida no novo ciclo.
