Na noite desta quinta-feira (15), o Flamengo entra em campo às 21h30, no Maracanã, para enfrentar a LDU em uma partida que carrega o peso de uma decisão. Para manter vivas as chances de classificação às oitavas de final da Libertadores, o time comandado por Filipe Luís precisa vencer os equatorianos por ao menos dois gols de diferença.
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A responsabilidade recai, sobretudo, sobre Giorgian De Arrascaeta, que vive um dos momentos mais produtivos desde que chegou ao clube, em 2019.
O uruguaio, que está prestes a completar 31 anos no próximo dia 1º, já soma dez gols e cinco assistências em 21 partidas disputadas em 2025. Esse desempenho, que supera qualquer outro início de temporada desde sua chegada ao Rubro-Negro, evidencia a importância do camisa 10 no atual cenário.
“É o momento de brilhar”, resume a expectativa sobre o meia, que se consolidou como principal referência técnica da equipe.
O bom rendimento em campo tem origem em uma decisão tomada no fim do ano anterior. Visando uma temporada com maior regularidade física, Arrascaeta optou por não disputar os últimos compromissos de 2024 a fim de realizar uma artroscopia no menisco do joelho direito. O objetivo era iniciar 2025 em plena forma — e, até o momento, a escolha tem se mostrado acertada.
Desde o retorno de uma lesão muscular sofrida durante amistosos com a seleção uruguaia, em março, o jogador participou de dez confrontos, marcando oito vezes e contribuindo com três assistências.
Apesar do protagonismo individual, a equipe como um todo vive uma fase instável. Após um início promissor com vitória por 1 a 0 sobre o Deportivo Táchira, o Flamengo tropeçou diante do Central Córdoba, no Maracanã, e ficou apenas no empate com a própria LDU e novamente com os argentinos fora de casa.
O revés diante do Córdoba, combinado aos demais resultados, deixou os rubro-negros em terceiro lugar no grupo, com cinco pontos — três atrás da LDU e seis atrás do líder argentino, que já garantiu a vaga com 11 pontos.
Nesse cenário, um novo tropeço resultaria na eliminação precoce do torneio continental. Mesmo um empate seria insuficiente para garantir o controle do próprio destino na última rodada, marcada para o dia 28. A única alternativa segura passa por uma vitória por dois gols, o que colocaria o Flamengo à frente dos equatorianos no saldo e permitiria um confronto mais tranquilo contra os venezuelanos.
O desempenho coletivo, no entanto, tem sido irregular. Enquanto Arrascaeta demonstra eficiência e constância, outros nomes importantes estão aquém do esperado. Pedro, por exemplo, ainda busca readquirir o ritmo ideal após lesão grave.
Já Gerson e Bruno Henrique enfrentam dificuldades técnicas. Com isso, a responsabilidade recai com ainda mais força sobre o meio-campista uruguaio, que foi eleito o melhor jogador de abril no Campeonato Brasileiro e atualmente lidera a artilharia da competição com sete gols.
Para o confronto decisivo, o treinador Filipe Luís deve promover o retorno de Wesley à lateral-direita. No meio-campo, os desfalques se acumulam: Pulgar segue fora e Allan também está lesionado. A tendência é que Everton Araújo ganhe a vaga entre os titulares. Do lado da LDU, o técnico Pablo Sánchez não poderá contar com o atacante Bryan Ramírez, suspenso. Já o zagueiro Ricardo Adé é dúvida para o duelo.
Assim sendo, a atuação de Arrascaeta se torna precípua para o time carioca. Em uma fase instável, com elenco ainda em reconstrução física e técnica, é ele quem carrega a confiança da torcida e a esperança de manter o clube vivo na principal competição do continente. Afinal, decisões exigem jogadores à altura — e o camisa 10 tem mostrado, rodada após rodada, que está preparado para esse desafio.
