O Flamengo elaborou uma estratégia tributária a fim de minimizar os impactos da taxação dos Estados Unidos sobre a premiação da Copa do Mundo de Clubes de 2025. A proposta, que será votada na próxima terça-feira (20) pelo Conselho Deliberativo, prevê a criação de uma empresa temporária em solo norte-americano. Conforme detalhado pelo presidente do clube, Rodolfo Landim, a medida tem como objetivo principal reduzir a retenção de impostos federais de 30% para cerca de 21%.
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A urgência na aprovação se justifica pelo calendário da Fifa, que prevê o pagamento da primeira parte da premiação já no dia 29 de maio. Caso a proposta seja validada, a empresa será destinada exclusivamente ao recebimento dos valores relacionados ao torneio e será extinta após o encerramento das operações. “A constituição dessa empresa é temporária e restrita à participação no torneio”, destacou o clube em nota oficial.
De acordo com as regras fiscais dos EUA, países sem acordo de bitributação — como é o caso do Brasil — estão sujeitos à retenção padrão de 30% sobre pagamentos feitos pela Fifa. Por essa razão, o clube seguiu a recomendação de consultorias especializadas e optou por essa manobra, com o intuito de assegurar uma gestão financeira mais eficiente durante o torneio.
A expectativa do Flamengo é receber ao menos US$ 20 milhões (R$ 112 milhões na cotação atual) na fase de grupos, considerando o valor-base de participação de US$ 15,2 milhões, somado a possíveis prêmios por vitórias e empates. O time está no Grupo D, ao lado de Chelsea, Espérance e, anteriormente, León, que foi excluído.
Posteriormente, caso avance no mata-mata, o clube poderá aumentar consideravelmente seus ganhos. Os valores pagos nas fases seguintes vão de US$ 7,5 milhões pelas oitavas até US$ 40 milhões em caso de título, podendo totalizar US$ 102,8 milhões (R$ 579,7 milhões).
Assim sendo, a proposta evidencia um esforço do Flamengo em alinhar planejamento financeiro com as exigências internacionais. A medida, aliás, demonstra um entendimento técnico diante de um cenário fiscal desfavorável e reforça o cuidado da diretoria com a gestão de receitas extraordinárias.
