O presidente do Corinthians, Augusto Melo, manifestou-se publicamente nesta sexta-feira (16), na Neo Química Arena, sobre a iminente votação do seu processo de impeachment. A decisão será tomada pelo Conselho Deliberativo no próximo domingo (26). Em tom enfático, ele declarou não temer ser destituído do cargo e responsabilizou os opositores pela crise política que atravessa o clube.
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Durante a apresentação dos novos diretores estatutários, Augusto adotou um discurso combativo. Segundo ele, a atual gestão tem atuado com coragem e compromisso para recolocar o Corinthians em posição de destaque no cenário esportivo. “Estamos aqui para valorizar a marca, valorizar os atletas”, afirmou, destacando que continuará focado no trabalho até a data da votação.
Aliás, Melo alega estar sofrendo tentativas de desestabilização desde o início do seu mandato, iniciado em janeiro de 2024. “Estou sofrendo o impeachment desde o dia 2 de janeiro. Não tenho paz para trabalhar”, desabafou. Ele também citou avanços administrativos, como o aumento das receitas e a previsibilidade no pagamento a credores.
Em meio ao processo político, o dirigente também é investigado no caso relacionado ao patrocínio com a empresa VaideBet. O inquérito, conduzido pela Polícia Civil, está em fase final e pode resultar em indiciamentos até o fim do mês. Apesar disso, Augusto declarou que não pretende renunciar, mesmo que seja formalmente incluído na investigação.
O processo de impeachment em curso, conforme membros da oposição, decorre de irregularidades administrativas. Contudo, o presidente rebate as acusações e acusa tentativa de golpe. “Se eles querem quebrar um processo gigantesco, a responsabilidade é deles”, afirmou com veemência.
Enquanto enfrenta esse cenário de incertezas, Augusto Melo segue se dedicando ao clube, conforme ele mesmo ressaltou. “Trabalho o dia inteiro em prol do Corinthians”, concluiu. Afinal, a permanência no cargo dependerá, primordialmente, da decisão dos conselheiros.