O anúncio oficial de Carlo Ancelotti como novo técnico da seleção brasileira, feito pela CBF na segunda-feira (12), recebeu aprovação de um nome histórico do futebol nacional. Tricampeão mundial em 1970, Tostão analisou a chegada do treinador italiano e apontou quais devem ser os primeiros desafios no comando do time.
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Segundo o ex-jogador, Ancelotti é um profissional de destaque, notoriamente equilibrado e competente na condução de elencos. “Ancelotti é um treinador excelente e grande vitorioso. Se destaca bastante pelo equilíbrio, pelas escolhas certas, pelo comando de um grupo e pelo uso de estratégias diferentes e corretas de acordo com o momento e o adversário”, afirmou Tostão, em coluna publicada na Folha de S.Paulo.

Ainda assim, ele alertou para dificuldades que o treinador pode enfrentar, sobretudo no setor de meio-campo. Conforme o ex-camisa 9 da seleção, um dos primeiros obstáculos será montar um setor tão eficaz quanto o que Ancelotti organizou nos seus tempos de Real Madrid. “Ele terá na seleção as mesmas dúvidas táticas que teve no Real Madrid após as chegadas dos grandes craques Mbappé e Bellingham”, avaliou.
Para Tostão, as mudanças ofensivas na equipe espanhola tornaram o time mais agressivo, porém menos sólido. “Com as mudanças, o ataque ficou mais explosivo, espetacular, porém o time se tornou mais desequilibrado, com a defesa mais desprotegida e o meio-campo com menos domínio da bola e do jogo”, pontuou o ex-jogador.
Aliás, Tostão também fez um apelo ao novo comandante da seleção brasileira. Admirador de um futebol técnico e coletivo, ele aconselhou que Ancelotti evite discursos nostálgicos. “Espero que Ancelotti, na tentativa de agradar e homenagear a história do futebol brasileiro, não diga o chavão de que o futebol brasileiro precisa voltar às origens para recuperar o prestígio. O mundo e o futebol mudaram”, comentou.
Enquanto isso, a seleção brasileira ocupa atualmente a quarta colocação nas Eliminatórias Sul-Americanas, com 21 pontos conquistados. A Argentina lidera com 31 pontos, seguida por Equador, com 23, e Uruguai, que também soma 21, mas leva vantagem nos critérios de desempate.