A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) passa por mais um capítulo decisivo em meio a uma crise institucional. O interventor Fernando Sarney, nomeado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, convocou eleições para o próximo domingo (25), menos de 24 horas após assumir o comando da entidade. O edital com as diretrizes será publicado no sábado (17), e as chapas interessadas devem se registrar entre os dias 18 e 20, com mandato previsto para o período de 2025 a 2029.
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A decisão judicial determinava que a eleição ocorresse com a maior brevidade possível, o que justificou a agilidade de Sarney. Em entrevista, ele afirmou: “Vou convocar assim que sentar a bunda na cadeira, um ou dois dias”. A votação irá eleger o novo presidente da CBF, oito vice-presidentes e os membros efetivos e suplentes do Conselho Fiscal.
A composição da Assembleia Geral inclui os presidentes das 27 federações estaduais (com peso 3 no voto), além dos 20 clubes da Série A (peso 2) e os 20 da Série B (peso 1). Essa estrutura complexa evidencia o peso político envolvido no pleito. Vale destacar que o ex-presidente Ednaldo Rodrigues, afastado por decisão judicial, ainda tenta reverter a sentença no Supremo Tribunal Federal (STF), que julgará o caso no dia 28 de maio.
Enquanto isso, nos bastidores, o movimento por renovação ganha força. Um grupo de 19 federações divulgou um manifesto defendendo mudanças estruturais e ignorou qualquer apoio a Ednaldo. As federações de estados como Bahia, Pernambuco e Minas Gerais, no entanto, não aderiram ao grupo, o que pode indicar uma disputa entre blocos.
Anteriormente, nomes como o de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, e do advogado Flávio Zveiter já surgiram como possíveis candidatos. Samir Xaud, presidente da federação de Roraima, também é citado como nome emergente. O cenário revela disputas intensas pelo controle da entidade, em meio a um momento decisivo para o futebol brasileiro.
