O presidente do Corinthians, Augusto Melo, utilizou uma entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (16) para rebater as críticas e justificar a reprovação das contas de seu primeiro ano de gestão, pelo Conselho Deliberativo do clube. Segundo ele, o passivo apontado pela fiscalização, que chegou a R$ 829 milhões, não pode ser atribuído à sua administração.
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De acordo com Augusto, a atual diretoria identificou cerca de R$ 191 milhões em “contingências de 2023” que, segundo o presidente, deveriam ter sido contabilizadas na gestão anterior, comandada por Duilio Monteiro Alves. “Não vou assumir uma dívida que não é minha. Se teve erro, que paguem pelo erro”, disparou Melo, que também afirmou ter levado os números à Justiça por meio da RCE.
Conforme explicou o dirigente, a exposição dos dados financeiros ocorreu de forma transparente. “Hoje, os nossos credores sorriem porque sabem que vão receber”, declarou. Ainda segundo ele, houve tentativa de denegrir sua imagem e a do clube ao veicular informações distorcidas. “Jogaram na imprensa uma dívida monstruosa. Contratei o Messi e o Cristiano Ronaldo e não estou sabendo?”, ironizou.
Enquanto isso, o Conselho de Orientação (CORI) e o Conselho Fiscal rechaçaram o balanço e indicaram uma dívida de R$ 181,7 milhões no exercício de 2024. A diretoria, por sua vez, afirmou que houve superávit de R$ 9 milhões no ano passado e R$ 12 milhões nos dois primeiros meses de 2025, embora os dados não tenham passado pela auditoria dos órgãos internos do clube.
Augusto também deixou claro que, se necessário, pretende abrir uma sindicância para investigar a origem da dívida acumulada. “O torcedor tem a oportunidade de entender como foram feitos esses R$ 2 bilhões de dívida”, afirmou, defendendo a lisura de sua administração.
Por fim, o presidente reiterou que seu foco está na reestruturação financeira e no crescimento do clube. “Estamos trabalhando para colocar o Corinthians no maior patamar do futebol brasileiro”, concluiu.
