A situação financeira de alguns dos principais clubes do futebol paulista tem sido um tema recorrente nos debates esportivos. Entre eles, o São Paulo se destaca negativamente pelo elevado nível de endividamento. Recentemente, o ex-jogador e comentarista Vampeta destacou em participação no programa “Bate-Pronto” que o Tricolor paulista ultrapassou a marca de 1 bilhão de reais em dívidas, um cenário preocupante que exige medidas drásticas de reestruturação financeira. Conforme o balanço patrimonial divulgado em 2024, o clube registrou um déficit de R$ 287 milhões, além de uma dívida total de R$ 968 milhões. Para Vampeta, a solução passa pela valorização dos jovens talentos formados em Cotia, algo que já vem sendo adotado pelo técnico Luis Zubeldía em 2025, impulsionado pelo grande número de lesões no elenco principal.
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A aposta nos garotos da base não é apenas uma questão de oportunidade, mas de necessidade para o São Paulo. A utilização desses jogadores pode aliviar os cofres do clube, reduzindo os custos com contratações e ajudando a manter o time competitivo. Essa estratégia, além de econômica, também representa um resgate das tradições do clube, que historicamente revelou grandes talentos para o futebol mundial. “Tem que olhar muito bem para as categorias de base”, afirmou Vampeta, reforçando a importância de um planejamento sólido para minimizar os impactos da crise financeira.

Em contraste com a situação do São Paulo, o Palmeiras tem sido citado como exemplo de gestão financeira entre os grandes clubes paulistas. O Verdão, bem organizado e sem dívidas significativas, colhe os frutos de uma administração equilibrada e bem estruturada. Esse cenário favorável tem se refletido dentro de campo, com conquistas importantes e competitividade em todas as competições que disputa. A estabilidade financeira do clube permite investimentos precisos e planejados, garantindo um elenco forte e bem estruturado.
Craque Neto, por sua vez, criticou duramente a administração dos outros três grandes clubes paulistas: São Paulo, Corinthians e Santos. Durante seu programa, o comentarista apontou a má gestão financeira como principal responsável pelo endividamento massivo dessas equipes. “A incompetência de todos os dirigentes e de todos os presidentes mostra a falência desses clubes”, disparou Neto, sem poupar críticas à gestão dos clubes paulistas. Para ele, a situação é resultado de anos de más decisões e falta de planejamento estratégico.
A crise financeira não é exclusividade do São Paulo. O Corinthians, por exemplo, ultrapassou a marca de 2 bilhões de reais em dívidas, um montante expressivo que coloca em xeque a capacidade de recuperação do clube no curto e médio prazo. Enquanto isso, Santos e São Paulo se aproximam da marca de 1 bilhão de reais em débitos, o que reflete um cenário alarmante para o futebol paulista. Esses dados escancaram a necessidade de uma reestruturação profunda, pautada em planejamento e responsabilidade financeira.
Dessa forma, a realidade financeira dos grandes clubes paulistas revela um contraste claro entre gestão e endividamento. Enquanto o Palmeiras se destaca pela organização administrativa e colhe os frutos de um planejamento sólido, seus rivais lutam para se reerguer em meio a dívidas astronômicas. A valorização das categorias de base surge como uma possível saída para amenizar a crise, especialmente para o São Paulo, que possui um dos centros de formação mais tradicionais do país. A pergunta que fica é se os dirigentes desses clubes serão capazes de reverter esse cenário e recolocar as equipes no caminho da sustentabilidade financeira.