O Cuiabá formalizou uma denúncia junto ao Banco Central envolvendo Rubens Menin, controlador da SAF do Atlético-MG e sócio da Galo Holding, devido ao não cumprimento de obrigações financeiras com diversos clubes, entre eles o próprio time mato-grossense. A iniciativa foi liderada por Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá, que alega inadimplência relacionada à transferência do atacante Deyverson.
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Segundo o dirigente, a dívida gira em torno de R$ 5 milhões, valor não quitado pelo Atlético-MG. Com base nisso, o clube solicita que o Banco Central avalie a situação econômico-financeira de Menin e das empresas sob sua gestão, em especial o banco do qual é proprietário. A medida se fundamenta em diretrizes do Conselho Monetário Nacional, que exigem avaliação da capacidade dos controladores para operar instituições financeiras.
Ainda segundo o Cuiabá, o relatório financeiro mais recente divulgado pelo Atlético-MG indicou um crescimento expressivo das dívidas do clube, que agora superam R$ 1 bilhão. O documento aponta inadimplência e descumprimento de compromissos assumidos no processo de aquisição e administração da SAF como fatores determinantes.
Aliás, a Galo Holding, da qual Rubens Menin é um dos acionistas, é citada como corresponsável pela deterioração financeira. O clube mato-grossense ressalta que a situação pode comprometer não apenas negociações futuras, mas também o equilíbrio exigido para quem detém controle de instituições ligadas ao sistema financeiro nacional.
O Atlético-MG, por sua vez, respondeu à denúncia classificando-a como “imprópria” e acusou o Cuiabá de cobrar “valores indevidos” pela transferência de Deyverson. A assessoria de Menin, até o momento, não se pronunciou publicamente sobre o caso.
Assim sendo, o episódio expõe as dificuldades enfrentadas por clubes brasileiros com modelos de gestão via SAFs e evidencia a crescente judicialização de conflitos relacionados a transferências de atletas e compromissos financeiros entre equipes.
