O Ministério Público do Rio Grande do Sul realizou, na manhã desta terça-feira (20), uma operação contra o atacante Ênio, do Juventude, investigado por suposta manipulação de resultados envolvendo apostas esportivas. A ação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e incluiu buscas na residência do atleta e no estádio Alfredo Jaconi, onde seu armário pessoal foi inspecionado.
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A investigação, batizada de “Operação Totonero”, teve início após alerta da Confederação Brasileira de Futebol, que buscava esclarecer irregularidades ligadas a apostas que teriam causado prejuízos a diversas pessoas. O nome da operação remete a um famoso caso de fraude no futebol italiano nos anos 1980. Documentos, mídias digitais e outros itens foram apreendidos com o objetivo de identificar eventuais cúmplices.
Conforme o Ministério Público, Ênio apareceu duas vezes em relatórios de empresas de apostas por movimentações atípicas. A primeira suspeita surgiu após o jogador receber um cartão amarelo no duelo contra o Vitória, na estreia do Brasileirão. O segundo episódio ocorreu na oitava rodada, contra o Fortaleza, quando Ênio voltou a ser advertido pelo árbitro.
Apesar de seguir treinando com o elenco, Ênio foi excluído dos relacionados para o jogo contra o Fluminense, ocorrido no último domingo. O Juventude informou que tomou conhecimento da operação e que forneceu acesso total às instalações exigidas pelas autoridades. Em nota, afirmou manter “compromisso com a integridade” e colaborar com as investigações.
O atleta chegou ao clube no início do ano, vindo do Amazonas. Com boas atuações no Gauchão, participou de 17 partidas, marcou dois gols e deu uma assistência. O Juventude adquiriu 50% de seus direitos por R$ 1,2 milhão.
Até o momento, não há definição sobre o futuro de Ênio no clube. A diretoria aguarda os desdobramentos jurídicos para tomar decisões relacionadas à sua permanência.
