As críticas ao calendário do futebol brasileiro voltaram a ganhar destaque após o empate entre Flamengo e Botafogo pelo Campeonato Brasileiro. Filipe Luís, técnico do Rubro-Negro, classificou a sequência de partidas como “inexplicável”, destacando o desgaste dos atletas. Segundo ele, o cronograma atual impede a presença dos principais jogadores em campo, algo que, inevitavelmente, prejudica o espetáculo para os torcedores.
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O jornalista Juca Kfouri, embora concorde com a avaliação negativa sobre o calendário, adotou um tom mais pragmático. “Será melhor treinador aquele que for capaz de conviver com isso a vida inteira e mais três meses”, afirmou, chamando atenção para a recorrência do problema. Para ele, lamentar em entrevistas não provoca mudanças, já que, conforme observou, “ninguém faz milagre com esse calendário”.
A crítica de Filipe Luís teve como base a sequência de jogos enfrentada pelo Flamengo: partidas no sábado, quinta-feira e domingo, com intervalos curtos e deslocamentos entre diferentes competições. Apesar disso, o próprio treinador reconheceu que disputar tantos jogos é um privilégio para clubes como o Flamengo, que estão vivos em várias frentes ao longo do ano.
Entretanto, o acúmulo de compromissos afeta diretamente o rendimento. Kfouri destacou que o clássico contra o Botafogo, apontado como um dos mais atrativos da rodada, acabou sendo um duelo mediano. “Foi um clássico nota 5,5”, avaliou. Segundo ele, o cansaço dos atletas impediu uma exibição mais técnica e intensa.
A declaração do jornalista reforça a ideia de que o problema está longe de ser novidade. O futebol brasileiro convive com um modelo desgastante há anos, sem perspectivas de mudança concreta. Assim sendo, para Kfouri, a adaptação se torna a única saída viável.
O Flamengo volta a campo na quarta-feira (21), às 21h30 (horário de Brasília), contra o Botafogo-PB pela Copa do Brasil. No duelo de ida, o time carioca venceu por 1 a 0, com gol de Joshua.