A Copa do Brasil tem se tornado, para o Santos, uma prioridade que vai além das quatro linhas. O clube entra em campo na quinta-feira (22), às 21h30 (horário de Brasília), em Maceió, para enfrentar o CRB no jogo de volta da terceira fase. Após o empate por 1 a 1 na ida, a classificação é essencial não apenas por questões esportivas, mas principalmente financeiras.
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A participação nesta fase já rendeu R$ 2,3 milhões aos cofres do clube. Caso consiga a classificação para as oitavas de final, o Santos garantirá mais R$ 3,6 milhões, totalizando quase R$ 6 milhões em apenas dois jogos. Para um time pressionado por dívidas e com obrigações financeiras urgentes, como o pagamento de R$ 15 milhões ao Arouca, de Portugal, pela compra de João Basso, esse valor representa um alívio necessário.
Além disso, a continuidade na competição pode gerar receitas ainda maiores. A premiação por chegar às quartas de final é de R$ 4,7 milhões, enquanto a semifinal rende R$ 9,9 milhões. Chegar à final significa embolsar ao menos R$ 33 milhões — valor destinado ao vice-campeão — podendo alcançar até R$ 77,1 milhões, caso o título venha. Ou seja, somente com a presença na decisão, o Santos garantiria ao menos R$ 53 milhões.
Apesar do momento difícil no Campeonato Brasileiro, onde o time ocupa a penúltima colocação, a diretoria deposita esperanças na Copa do Brasil. Conforme relatado, a situação extracampo tem impactado diretamente o desempenho e o planejamento do clube nesta temporada.
Aliás, um dos grandes trunfos do Santos para o duelo é Neymar. Recuperado de lesão na coxa, o camisa 10 viaja com a delegação e poderá atuar por alguns minutos no estádio Rei Pelé, fator que pode influenciar emocional e tecnicamente o elenco.
Portanto, enquanto tenta reencontrar a estabilidade esportiva, o Santos encara a Copa do Brasil como uma oportunidade de reconstrução financeira. A classificação diante do CRB é, atualmente, primordialmente uma questão de sobrevivência orçamentária.