O Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou, em reunião realizada na terça-feira (20), a criação de uma empresa temporária nos Estados Unidos. A decisão, tomada por ampla maioria — com 177 votos favoráveis, 17 contrários e 12 abstenções —, visa minimizar os encargos tributários sobre os valores que o clube receberá pela participação na próxima edição da Copa do Mundo de Clubes da Fifa.
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A proposta é estratégica: ao constituir a empresa em solo norte-americano, o Flamengo pretende reduzir a alíquota de imposto incidente sobre o prêmio. A taxação poderia chegar a até 30% com base na legislação atual dos Estados Unidos. Contudo, com a manobra aprovada, o clube estima pagar cerca de 21%, percentual mais próximo da média corporativa local, já que a Fifa não obteve isenção fiscal do governo norte-americano para o torneio.
A estrutura jurídica criada terá caráter transitório, sendo extinta logo após o recebimento dos valores. Segundo estimativas internas, o clube projeta embolsar ao menos US$ 20 milhões (aproximadamente R$ 113,2 milhões na cotação atual), considerando a soma da premiação pela participação, duas vitórias e um empate na fase de grupos.
A tabela da Fifa prevê US$ 15,2 milhões para os times sul-americanos apenas por participarem da competição. Além disso, cada vitória na fase inicial garante mais US$ 2 milhões, e cada empate, US$ 1 milhão. Assim sendo, o retorno financeiro pode variar consideravelmente conforme o desempenho do time em campo.
Atualmente, o Flamengo está no Grupo D, ao lado de Chelsea (Inglaterra) e Espérance (Tunísia). O León (México), que também integraria a chave, foi excluído pela entidade. A estreia rubro-negra acontecerá no dia 16 de junho, contra o Espérance.
A delegação embarca para os Estados Unidos no dia 10 de junho, dando início à preparação final para o torneio. A premiação total para o campeão da competição pode alcançar US$ 102,8 milhões, cifra que reforça a importância da medida adotada pela diretoria flamenguista.
