River Plate e Boca Juniors estão fora do Campeonato Argentino

La Bombonera (Foto: Boca Juniors/Divulgação)

As fases eliminatórias do Campeonato Argentino têm provocado reviravoltas inesperadas, refletindo o atual cenário instável do futebol no país. Com mudanças constantes no regulamento e ausência de rebaixamentos, a gestão da AFA, comandada por Chiqui Tapia, vem sendo alvo de críticas. Ainda assim, o formato de mata-mata adotado nesta edição tem proporcionado partidas emocionantes e resultados surpreendentes.

A classificação dos oito melhores de cada grupo levou a confrontos diretos em jogos únicos, e a imprevisibilidade se tornou a marca registrada do torneio. O Huracán superou o Rosario Central fora de casa, enquanto o San Lorenzo, treinado por Miguel Angel Russo, avançou nos pênaltis contra o Argentinos Juniors. A experiência de Russo, de 69 anos, tem sido um diferencial na condução da equipe.

Por sua vez, os tradicionais Boca Juniors e River Plate foram eliminados de forma precoce. O Boca vive um momento turbulento, sem técnico desde a saída de Fernando Gago e com Juan Román Riquelme, presidente do clube, pressionado internamente. O Independiente aproveitou o cenário e venceu na Bombonera, assumindo uma posição de destaque na disputa.

No Monumental de Núñez, o Platense eliminou o River após empate no tempo normal e vitória nos pênaltis. A equipe do bairro de Saavedra já havia eliminado o Racing e agora chega às semifinais com o sonho do título inédito mais vivo do que nunca.

As semifinais acontecerão no fim de semana, também em jogo único. O San Lorenzo enfrentará o Platense, enquanto Independiente e Huracán medirão forças em Avellaneda. O equilíbrio é evidente, e todas as equipes têm chances reais de chegar à decisão.

Caso San Lorenzo e Huracán avancem, a final será marcada por um clássico histórico de bairro. O duelo entre Boedo e Parque Patricios representa mais que um jogo: é o retrato da rivalidade local que agita a zona sul de Buenos Aires.