O Palmeiras será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta sexta-feira (23), no Rio de Janeiro, devido a episódios ocorridos no Dérbi contra o Corinthians, realizado no início de abril, na Arena Barueri, pelo Campeonato Brasileiro. O clube responde por atos discriminatórios e também por falhas na segurança e na conduta da torcida durante a partida.
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A denúncia envolve gritos homofóbicos direcionados ao atacante Romero, entoados por parte da torcida alviverde durante o aquecimento dos jogadores corintianos. A frase cantada pelo público ofendeu diretamente o atleta, o que motivou a aplicação do artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de manifestações discriminatórias ligadas a preconceitos diversos.
Além disso, cabeças de galinha foram arremessadas no gramado durante o jogo. O primeiro incidente ocorreu aos 33 minutos do segundo tempo, na área defendida pelo goleiro Matheus Donelli. Uma segunda cabeça foi retirada pelo árbitro Rafael Rodrigo Klein aos 42 minutos. Essas ações configuram violação ao artigo 213 do CBJD, que exige que o mandante adote medidas para evitar desordens e objetos arremessados em campo.
As punições previstas incluem multas de até R$ 100 mil por infração, podendo somar R$ 200 mil, além de sanções aos torcedores identificados. Esses poderão ser proibidos de frequentar estádios por até 720 dias, conforme os termos legais vigentes.
Conforme o regulamento, o clube será responsabilizado mesmo que os atos tenham partido de indivíduos isolados. Cabe ao mandante zelar pela segurança e pelo comportamento da torcida em sua praça esportiva. Assim, o julgamento pode influenciar a maneira como o Palmeiras atuará preventivamente em jogos futuros.
A audiência ocorre em um momento sensível, principalmente porque o time segue ativo em outras competições e precisa manter foco em seu planejamento. A decisão do tribunal pode trazer impactos diretos à relação com seus torcedores e à gestão dos jogos como mandante.
